Do Caparaó para o mundo: Elias Carvalho e o protagonismo da sustentabi

Por que um dos eventos mais relevantes sobre sustentabilidade do Brasil nasceu longe dos holofotes e hoje ocupa o centro da Praça do Papa, em Vitória, com alcance internacional? A resposta tem nome, voz e causa: Elias Carvalho.

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em 13 de jun de 2025, às 10h42

Fotos: Thiago Guimarães
Fotos: Thiago Guimarães

Começou nesta quarta-feira (11), em Vitória, e vai até sábado (14), a Conferência Sustentabilidade Brasil 2025. O local é simbólico: a Praça do Papa, onde se encontram fé, política e povo. Mas mais simbólico ainda é o fato de que esse movimento poderoso não nasceu na capital, nem em Brasília ou São Paulo. Nasceu em Guaçuí, no Sul do Espírito Santo. Mais precisamente, da inquietação de Elias Carvalho, conhecido como “Elias do Caparaó”, que decidiu provocar um debate que muitos evitam: afinal, que futuro estamos (ou não) construindo?

Com curadoria do Instituto Sustentabilidade Brasil (ISB), que integra o Grupo Folha do Caparaó, junto com a IBS Eventos e o AQUINOTICIAS.COM, o evento, já no primeiro dia, reuniu 1,8 mil pessoas entre especialistas, lideranças nacionais, setor privado, academia e até representantes de outros países. E não foi para fazer pose ou autopromoção: foi para construir soluções práticas, gerar relatórios reais e entregar devolutivas com impacto direto na posição brasileira em acordos climáticos internacionais.

Enquanto o Brasil ainda se vê paralisado por discursos rasos sobre meio ambiente e justiça social, Elias e sua equipe colocaram 40 painéis, mais de 120 painelistas e uma Jornada Científica em campo, além de formalizarem o ODS 18, focado na proteção de defensores socioambientais, algo que, diga-se, muitos evitam tocar.

Elias Carvalho foi direto em suas palavras ao abrir o evento:
“Transformar é preciso. Não vamos mudar o mundo se não transformarmos o nosso comportamento, nossas atitudes e a nós mesmos.”

Com essa frase de impacto, vinda de alguém que construiu uma história na comunicação capixaba a partir do Caparaó, é difícil ignorar o peso do exemplo. O homem que fundou, há 21 anos, o jornal Folha do Caparaó em Guaçuí, e que hoje comanda um dos maiores portais do Espírito Santo, não está apenas falando, ele está fazendo.

A conferência tem método, profundidade e coragem. Não há maquiagem verde: há trilhas temáticas que abordam transição energética, justiça climática, saúde, cultura, economia azul, infraestrutura verde e mercado ESG. Isso tudo sem filtros ideológicos, sem conveniências políticas e sem ceder à superficialidade dos eventos corporativos de fachada.

A pergunta que fica é direta: se o interior do Espírito Santo conseguiu liderar esse movimento, por que tantas capitais ainda se escondem atrás de discursos vazios e medidas paliativas? Guaçuí mostrou que dá para transformar. E Elias provou que, quando se quer mudar o mundo, não se espera permissão, se toma a frente.

Em um país que ainda engatinha no debate ambiental, é do Espírito Santo, e não dos grandes centros, que vem a liderança ousada. Com Renato Casagrande na presidência do Consórcio Brasil Verde, o estado assume o leme da sustentabilidade nacional. Não mais coadjuvante, mas protagonista que fala do interior capixaba para o mundo. Essa postura corajosa não apenas inspira, ela desafia o Brasil a encarar de frente o real significado de “sustentabilidade”. E enquanto o mundo inteiro volta os olhos para a COP30 em 2025, lá estará o projeto Sustentabilidade Brasil, com Elias Carvalho à frente, pronto para mostrar que inovação e consciência socioambiental podem e devem, ter sotaque capixaba.

Transformar é preciso. A pergunta é: quem vai ter coragem de seguir esse caminho?

As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do AQUINOTICIAS.COM

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