IA revela como seria o acidente da BR-101 em Anchieta
No último domingo (27), mais uma tragédia foi registrada em um dos trechos ainda não duplicados da BR-101, no Espírito Santo
2 mins de leitura
em 30 de abr de 2025, às 14h59

Por Pablo Lira
No último domingo (27), mais uma tragédia foi registrada em um dos trechos ainda não duplicados da BR-101, no Espírito Santo. Um caminhão que transportava caixas de mamão tombou próximo ao município de Anchieta e colidiu com um ônibus de passageiros. O saldo foi devastador: três mortes e 26 pessoas feridas. Infelizmente, este episódio se soma a tantos outros que evidenciam os perigos de uma rodovia que, em diversos pontos, ainda carece de infraestrutura adequada.
A duplicação da BR-101 não é apenas uma questão de desenvolvimento logístico ou de fluxo de veículos. É uma necessidade urgente de proteção à vida. Milhares de pessoas circulam diariamente por essa rodovia — entre motoristas, famílias, trabalhadores, estudantes e caminhoneiros. Caso o cronograma original de duplicação tivesse sido cumprido, muito provavelmente esse acidente teria tido um impacto muito menor.
Para ilustrar como esse cenário poderia ter sido diferente, utilizei uma ferramenta baseada em Inteligência Artificial. Simulamos o mesmo acidente, mas em um trecho já duplicado e com separação física entre as pistas, como uma mureta divisória. O resultado da simulação foi claro: mesmo que o caminhão perdesse o controle, a barreira impediria o choque direto com o ônibus. As vítimas fatais poderiam ter sobrevivido, e os feridos, talvez, nem sequer tivessem se machucado (ver Figura).
A tecnologia tem limites, é verdade. Ela não pode prever todos os acidentes. Mas há algo que não depende de simulações ou cálculos complexos: a constatação de que vidas estão sendo perdidas por inação e demora. Discutir a duplicação da BR-101 é, acima de tudo, discutir a preservação da vida. Estamos falando de gente comum, que só deseja ir e vir com segurança.
Mais de quatro milhões de capixabas compartilham o mesmo desejo: uma BR-101 duplicada, mais segura e capaz de proteger quem por ela trafega. Essa é a urgência que deve pautar as decisões públicas.
*** Pablo Lira é Doutor em Geografia e Mestre em Arquitetura e Urbanismo pela UFES, Professor da Universidade Vila Velha (UVV) e Diretor-Geral do Instituto Jones dos Santos (IJSN).
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do AQUINOTICIAS.COM
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