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Onda bolsonarista enfraquecida e o vexame do PL no ES

Se a estratégia era usar essas eleições como termômetro para 2026, ao que tudo indica, a extrema-direita no Espírito Santo deve chegar lá muito mal.

3 mins de leitura

em 09 de out de 2024, às 11h16

Foto: Reprodução | rede social
Foto: Reprodução | rede social

Se a ideia era surfar na onda bolsonarista para eleger prefeitos no Espírito Santo, parece que a estratégia não deu muito certo. Das duas, uma: a onda bolsonarista está virando marola ou o líder da extrema-direita no Estado, senador Magno Malta, não soube gerir o processo como deveria.

Aos números (pífios) do PL ES  

Mas vamos aos números, dos 78 municípios do Espírito Santo, o PL do ex-presidente Jair Bolsonaro só conseguiu eleger 5 prefeitos.

Outra informação relevante é o fato de que o partido de Bolsonaro foi o que mais lançou candidatos ao Poder Executivo municipal, 50 no total. Ou seja, só conseguiu eleger ao equivalente a apenas 10% do total.

Gestão indigesta

Nos bastidores ainda corre a informação de que o mal desempenho do PL nas urnas capixabas deve-se a má gestão da presidência estadual do partido, comandado por Magno Malta.

É bem verdade que o parlamentar não anda muito bem de saúde, mas essa não é a principal queixa dos correligionários, que apontam certo “desconforto” com as condutas do chefe maior, que não é muito aberto ao diálogo e afastou muita gente importante e estratégica da legenda.

Cá entre nós

Aponta-se ainda que há, até mesmo, um suposto uso da sigla para beneficiar a família Malta, tendo em vista o lançamento e fortalecimento do nome de uma das filhas do senador (ou as duas) para as eleições de 2026.

Possível debandada?

Tal rumor tem soado como ameaça para alguns caciques bolsonaristas, que já cogitam sair do partido para não ter a carreira política prejudicada. O deputado federal Gilvan da Federal, que pode negar em um primeiro momento, aparece na lista.  

Derrota amarga e trágica

O desempenho eleitoral nas grandes cidades torna ainda mais trágica a situação do PL de Bolsonaro no Espírito Santo.

Na capital, Vitória, por exemplo, o deputado estadual e candidato a prefeito Capitão Assumção amargou a 4ª colocação, com 9,55% dos votos válidos.

Em Vila Velha, o ex-secretário estadual de Segurança Pública Coronel Ramalho obteve um desempenho melhor, ficou na 2ª posição com 17,20% dos votos, cerca de 61,84% a menos que o primeiro colocado.

Na Serra, a derrota também não foi diferente. O candidato da extrema-direita Igor Elson amargou a 4ª colocação, com 7,66% dos votos. Seguindo a tendência de queda do partido de Bolsonaro, Ivan Bastos, em Cariacica, amargou a última posição, com 7,66% dos votos.

Partido nanico?

Diante dos fatos, é possível afirmar que o PL deixou de ser uma sigla de respeito e passou a ser um partido nanico? O que o presidente nacional da legenda Valdemar da Costa Neto e o ex-presidente Jair Bolsonaro acham disso?

Se a estratégia era usar essas eleições como termômetro para 2026, ao que tudo indica, a extrema-direita no Espírito Santo deve chegar lá muito mal.

As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do AQUINOTICIAS.COM

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