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Cooperativismo capixaba promove inclusão com impacto e responsabilidade
Iniciativas que envolvem PcDs, mulheres e grupos em vulnerabilidade social mostram como a cooperação impulsiona o desenvolvimento humano
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A inclusão produtiva ainda é um desafio em muitos setores. No Espírito Santo, entretanto, cooperativas têm mostrado que é possível ir além da obrigação legal e transformar esse compromisso em prática cotidiana.
Por meio de capacitações, parcerias institucionais e programas de formação, esse movimento busca garantir que todos tenham oportunidades reais de desenvolvimento e pertencimento dentro do cooperativismo.
Há ações voltadas à valorização de diferentes grupos, incluindo pessoas com deficiência (PcDs), mulheres, neurodivergentes, o público LGBTQIAPN+ e pessoas em situação de vulnerabilidade social.
Somente no último ano, dados do Censo Cooperativista 2025 mostram que 23,5 mil mulheres e 14,2 mil jovens foram beneficiados por ações promovidas pelas cooperativas capixabas, número que vem crescendo a cada ano.
Houve, também, evolução do quadro de colaboradores com deficiência, com o registro de 368 profissionais PcDs em 2024, o que representa cerca de 3% do total de colaboradores. O número reflete um crescimento de 18,7% em relação a 2023, evidenciando o fortalecimento das práticas inclusivas no setor.
Os dados revelam uma tendência positiva, fruto de iniciativas concretas que mostram o papel ativo do cooperativismo.
Projetos que fortalecem comunidades
O compromisso do cooperativismo com causas sociais se expressa no apoio direto a projetos comunitários que melhoram a qualidade de vida de diversas comunidades. Algumas cooperativas demonstram esse apoio por meio de editais e investimentos sociais robustos.
O Sicoob ES, por exemplo, destinou mais de R$ 5 milhões a projetos com o 7º Edital Social, beneficiando mais de 83 mil pessoas. Entre as iniciativas apoiadas, destacam-se ações como a hidroterapia para PcDs desenvolvida pela Apae de Irupi e o uso de neuromodulação e realidade virtual no tratamento multidisciplinar da Apae de Ibitirama — ambas com apoio do Sicoob Sul-Serrano.

Na área da saúde, a Unimed Sul Capixaba também promove inclusão por meio do seu Edital de Responsabilidade Social 2024–2026, que apoia projetos como o Programa Família + Feliz, que oferece suporte emocional e educacional a pais de crianças com deficiência. A reinauguração da Unidade Integrar – Terapias Especiais também foi uma das ações da coop. A unidade é voltada ao atendimento de crianças com transtornos do neurodesenvolvimento, especialmente no espectro autista.
A Nater Coop é outra coop capixaba que se destaca, investindo na construção de ambientes mais inclusivos por meio do Programa Acolher, que promove ações voltadas à escuta ativa, valorização das pluralidades e respeito à diversidade.
Cerca de 30 colaboradores integram o grupo Orgulho Nater, que atua com pautas relacionadas aos públicos LGBTQIAPN+, negros e pessoas com deficiência.
Já a Sicredi União RS/ES destinou mais de R$ 2,9 milhões em 2025 a diversas instituições capixabas. No campo do empreendedorismo, o convênio Fampe Mulheres, ampliado pelo Sicredi em parceria com o Sebrae, facilita o acesso ao crédito para microempreendedoras, com aval de até 100%, estimulando a autonomia financeira e o crescimento de negócios liderados por mulheres.
Formação para o futuro
Capacitações voltadas àinclusão também têm sido uma prioridade nessas cooperativas, e com metodologias adaptadas às suas realidades. A Unimed Sul Capixaba desenvolve o projeto Cuidar para Viver, que forma mulheres como cuidadoras de idosos, ampliando oportunidades de geração de renda.
A cooperativa também realiza o Vem Ser Unitec, no âmbito do projeto UniVerso, oferecendo cursos gratuitos de informática para jovens com deficiência, para que sejam incluídos no meio digital e profissional. Outro pilar do UniVerso é o IntegraMente, que fortalece a inclusão e a diversidade dentro da cooperativa, ao recrutar jovens com transtornos de neurodesenvolvimento.

Ainda no campo da educação, o Sicoob Coopermais, apoia o projeto “Na Ponta dos Dedos”, do Instituto de Cegos da Bahia, que promove a inclusão educacional e social de pessoas com deficiência visual por meio do sistema Braille.
Além disso, workshops sobre inclusão, diversidade e equidade são incentivados pelo Sistema OCB/ES e pelas cooperativas, contribuindo para a construção de ambientes mais plurais, respeitosos e alinhados aos princípios cooperativistas.
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