Já tomou o seu cafezinho hoje? Há quem diga que o dia só começa mesmo depois de uma boa xícara de café. Seja quente, frio (ou até gelado), amargo, doce, puro ou com leite, a verdade é que o café é uma verdadeira paixão nacional. Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou que 79% dos brasileiros gostam de tomar a bebida.

Não existe um horário específico para apreciar o bom e velho café, seja logo pela manhã ou no meio da tarde, depois de uma refeição ou até mesmo à noite, o pretinho é presença certa na vida da população e até ganhou um dia só pra ele. Hoje, dia 14 de abril, comemora-se o Dia Mundial do Café! Uma data que celebra a diversidade, a qualidade e a paixão que existe quando se trata de café.

Um levantamento da Embrapa (2021), estima que no mundo são consumidos anualmente, 167,01 milhões de sacas de 60kg de café. Com esses dados, o café tornou-se a segunda bebida mais consumida no planeta, perdendo apenas para a água. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Café – ABIC, o consumo de café foi de 21,5 milhões de sacas no país em 2021, com crescimento de 1,71%. A mesma pesquisa aponta que o Brasil é o segundo maior consumidor da bebida no mundo. Além disso, há mais de 100 anos, é o maior produtor e exportador mundial de café.

Indicação Geográfica

A cafeína, principal composto ativo do café, é responsável por estimular o sistema nervoso, manter a atenção, o bom humor, ajudar no processo de respiração e de digestão. A bebida contém substâncias antioxidantes, que eliminam os radicais livres e defendem o sistema imunológico. Com diversos tipos de grãos e torras, o café possui grande variedade de sabor e aroma. As formas de ingerir a bebida têm mudado ao longo dos anos. Além do tradicional cafezinho coado no coador de pano, hoje o café é o ingrediente principal de vários tipos de bebidas, quentes e geladas, inclusive drinks alcoólicos.

Indicação Geográfica O registro de Indicação Geográfica (IG) é conferido a produtos ou serviços que são característicos do seu local de origem, o que lhes atribui reputação, valor intrínseco e identidade própria, além de os distinguir em relação aos seus similares disponíveis no mercado. São produtos que apresentam uma qualidade única em função de recursos naturais como solo, vegetação, clima e saber fazer.

O consultor do Sebrae e diretor do Instituto Inovate, Anselmo Buss Junior, explica que as indicações se dividem em dois tipos, de procedência e denominação de origem. “A denominação de origem indica que determinados aspectos do produto só se conseguem naquela região. Já a procedência, diz respeito à qualidade”.

O Espírito Santo conquistou três registros de IG de café. O Café do Caparaó e o Café das Montanhas conseguiram selo de Indicação Geográfica (IG) de Denominação de Origem, concedido pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi).  Já o café Conilon, produzido em todo o Estado, conquistou selo de Indicação Geográfica (IG) de Procedência. “Esse é o único selo do país que abrange um Estado inteiro”, ressalta Anselmo.

Ele explica que a procura de produtores de café pelo IG está aumentando e isso é um bom sinal. “O IG é a garantia de origem e qualidade. Está acontecendo com o café no Brasil o que já vimos com os vinhos. No exterior, os vinhos e queijos são os principais produtos com IG, aqui no Brasil será de café. Aos poucos a maneira de tomarmos café vai mudar e vamos preferir os cafés de qualidade. Isso é bom tanto para os produtores quanto para os consumidores”.