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Turismo

Cervejarias do ES têm crédito para investimentos ligados ao turismo

O Espírito Santo se destacou no Anuário da Cerveja 2022 como o estado da Região Sudeste com a maior densidade cervejeira

Por Redação

6 mins de leitura

em 06 de mar de 2024, às 10h47

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

As cervejarias do Espírito Santo (ES) estão na rota do turismo e do desenvolvimento econômico! As cervejas artesanais têm ganhado cada vez mais espaço nas prateleiras de supermercados, em lojas especializadas e também no gosto dos consumidores. O modelo de negócios tem sido uma alternativa para empresários capixabas que investem no setor turístico. Eles têm o Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes) como apoiador, por meio de suas linhas de financiamento.

De acordo com dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o Espírito Santo se destacou no Anuário da Cerveja 2022 como o estado da Região Sudeste com a maior densidade cervejeira. Aliás, isso significa que, para cada 59.544 habitantes do Estado, existe uma cervejaria. A marca deixa o Espírito Santo atrás apenas de Santa Catarina (34.132) e Rio Grande do Sul (36.989) no ranking nacional.

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E essas cervejarias do ES, pequenos e médios empreendimentos, que apostam no turismo de experiência, cada vez mais personalizadas e que estimulam a economia regional. Sabores diversos e criativos, aliados a espaços aconchegantes são formas de atrair visitantes e a população local. Em Venda Nova do Imigrante, o empresário Ricardo Lorezon Feitosa tem realizado verdadeiras “alquimias” do sabor com a Tarvos Cervejaria, na busca por alcançar novos públicos.

Aliado a isso, nos últimos anos, as cervejarias artesanais se popularizaram pelas diferentes possibilidades e sabores que apresentam. A Tarvos Cervejaria buscou o apoio do Bandes para ampliar a produtividade e levar o nome do negócio para todo o Estado.

Antes de se tornar um negócio, a produção de cervejas era um hobbie do empresário Ricardo Lorezon Feitosa. Ele conta que há anos já fazia parte do universo cervejeiro, produzindo na panela caseira da família. Em 2021, a atividade virou um negócio.

Cervejarias do ES

Ricardo Lorezon Feitosa, proprietário da Tarvos (Foto: Divulgação)

Com formação em Bioquímica e Farmácia, Ricardo Feitosa tinha conhecimento e experiência para lidar com os ingredientes, calcular as medidas necessárias para a fermentação e controlar a qualidade do que produzia. Aliás, o empresário destaca que essa expertise técnica diferencia a presença da Tarvos no mercado, por evitar erros e desperdícios no processo.

“Na academia, nós somos preparados para entender processos laboratoriais, como: o controle de PH e o controle microbiológico para fazer a preparação de uma levedura com a menor contaminação possível. Em minha opinião, o conhecimento que adquiri na UFRJ sobre o padrão operacional de procedimento foi o mais importante para o processo de produção de cerveja. Isso porque é preciso entender como começar, fazer experimentações e o controle para conseguir uma resposta que não seja equivocada”, afirma Ricardo Feitosa.

Apesar da especialização prévia, o proprietário da Tarvos Cervejaria decidiu expandir os conhecimentos sobre processos laboratoriais e se capacitar para aprimorar a qualidade do produto. “Mesmo tendo essa formação, fui atrás de entender o que é importante no universo cervejeiro. Estudei cerveja e malte, microbiologia cervejeira e controle de qualidade cervejeiro”, destaca.

Cervejas mais que especiais

Atualmente, a Tarvos produz mais de dez estilos de cervejas, entre elas as clássicas Premium Lager (que remete à Pilsen), Ipa Tradicional, Red, Stout e as mais inovadoras: Witbier com manjericão, coentro e limão, e a Ipa de Frutas Amarelas com adição de maracujá. Outros sabores diferenciados têm chocolate em sua composição, como a Chocoberry – uma Dark Strong Ale com as frutas orgânicas produzidas nas montanhas capixabas (framboesas douradas, vermelhas e pretas, mirtilo e pitanga preta) – e a ChocoStout, feita com adição de avelã, cacau e baunilha.

Aliás, com cervejas especiais produzidas a partir da combinação de frutas da estação, a experiência do cliente é cercada de exclusividade. No entanto, o proprietário e cervejeiro atua como um verdadeiro alquimista do sabor.

“Eu gosto de misturar e buscar sabor nas cervejas que produzo. A proposta da Tarvos é que a pessoa se permita, experimente e escolha o que acha melhor”, Ricardo Feitosa, proprietário da Tarvos.

Rumo à expansão

No entanto, cm o passar do tempo, a demanda pelas cervejas produzidas pela Tarvos cresceu, mas a empresa precisou recusar pedidos por falta de capacidade produtiva. Por isso, o proprietário buscou os recursos do Fundo Geral do Turismo (Fungetur) para investir na aquisição de equipamentos. Com isso, pode aumentar a produção, como tanques de fermentação, e torná-la mais rápida, com trocadores de calor mais potentes.

Empresa buscou apoio do Bandes para ampliar capacidade produtiva (Foto: Divulgação)

A implantação do maquinário permitirá que a cervejaria capixaba tenha um excedente de produção de 3 mil litros, se tornando capaz de atender eventos e pontos de venda estratégicos para dar visibilidade à marca, essencial para expandir os horizontes.

“Aliás, vamos colocar a Tarvos no mercado para que isso seja sustentável. Queremos chegar aos municípios vizinhos e ter cada vez mais gente consumindo a cerveja”, afirma Feitosa.

“Tenho certeza de que, aumentando a capacidade produtiva, a Tarvos vai se tornar a cervejaria de Venda Nova. Daqui a cinco anos, espero que o Estado inteiro saiba que a Tarvos exista”, declara o empresário.

O gerente de Negócios do Bandes, especializado no atendimento a empreendimentos turísticos, Mario Augusto Jantorno, destaca a importância da parceria entre o banco capixaba e os empresários. “O Bandes atua de forma estruturada e em parceria com as diversas entidades representativas do setor de turismo capixaba. Sobretudo, sempre focando na identificação e apoio a empreendimentos pertencentes a esta cadeia. O segmento de cervejarias artesanais capixabas vem se destacando como grande atrativo turístico nas diversas regiões do Estado. Aliás, o Bandes está atento a tal potencial”, afirma.

Conheça o Fungetur

Uma das alternativas para o financiamento de empresas interessadas em investir no turismo local é o Fundo Geral do Turismo (Fungetur). O Bandes é uma das dez instituições de desenvolvimento no País que repassa os recursos do Ministério do Turismo. Com o Fundo, os negócios voltados ao segmento, especialmente: bares, lanchonetes, cafés e empresas do ramo de hospedagem, podem investir com carência e prazo de pagamentos adequados ao negócio, podendo chegar, respectivamente, de 24 a 120 meses.

A linha apoia investimentos de implantação, expansão, relocalização, modernização, diversificação, desenvolvimento tecnológico e gerencial de empreendimentos ligados ao setor turístico. Podem buscar financiamentos: empresas de hospedagem, agências de turismo, organizadoras de eventos, parques temáticos, acampamentos turísticos, centros de convenções, parques aquáticos, prestadoras de serviços de infraestrutura para eventos, restaurantes, cafeterias, bares.

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