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Especial

Única instrutora de Va’a no Sul do ES fala sobre força feminina

A atividade carregada de história chegou há alguns anos no Espírito Santo e, pouco depois, em Anchieta, no Litoral Sul capixaba

Por Redação

3 mins de leitura

em 15 de mar de 2023, às 10h09

Foto: Arquivo pessoal

Por Rafaela Thompson

Esporte e força feminina — Usadas como meio de transporte entre as ilhas polinésias na antiguidade, as canoas havaianas (ou polinésias), também conhecidas como Va’a, são, na atualidade, utilizadas como prática esportiva ligada ao ecoturismo e à consciência ambiental. A atividade carregada de história chegou há alguns anos no Espírito Santo e, pouco depois, em Anchieta, no Litoral Sul capixaba.

No entanto, esse texto não é sobre a canoa havaiana, mas, sim, sobre a história da capixaba Luana Ferreguette, única instrutora de Va’a no Sul do Estado, que por meio do esporte transformou a sua vida e hoje transforma a vida de muitas outras pessoas, principalmente, a de mulheres.

Luana conta que estava numa fase confusa da vida, procurando entender suas vivências e buscando a força feminina para vencer a baixa autoestima e transformar seus hábitos. E foi na remada da canoa havaiana que ela entendeu seu propósito de vida. Segundo a navegadora, o esporte trabalha questões como harmonia, equilíbrio, preservação da natureza, além de estimular a energia feminina.

“Remei a primeira vez numa manhã ensolarada, experimentando e admirando minha cidade por outro ângulo. Foi espetacular. Porém, neste primeiro dia, por descuido meu, bati minha boca no flutuador ao mergulhar e quebrei meus dois dentes da frente. Naquele momento, tive que tomar uma decisão: ou ficava triste e deixava aquilo afetar ainda mais minha autoestima e voltava para a areia reclamando ou continuava naquela experiência maravilhosa e deixava para resolver o problema do dente apenas em terra firme”, contou a navegadora que hoje gerencia um clube de canoa havaiana em Anchieta.

No esporte, Luana encontrou a força feminina que buscava, a motivação para melhorar sua qualidade de vida, aprendeu a não desistir na primeira falha, e, até, encontrou um amor. Isso porque por meio do esporte ela conheceu o marido. Hoje, a navegadora está à espera de Lana, a primeira filha do casal.

“Estou gerando uma vida e ela está ligada à canoa. Conheci meu esposo numa competição, que também é atleta e professor de canoa. E agora está vindo o fruto das águas: Lana, que no polinésio significa luz no mundo. Estar gestante e dar aula todos os dias em contato com o universo que tanto amo, sobre as águas, recebendo o espetáculo dos golfinhos, peixes e tartarugas é, para mim, um privilégio”.

Embora tenha alunos homens, Luana ajuda outras mulheres a se conectarem com a energia feminina e quer que elas superem seus desafios internos por meio da prática esportiva e, também, por meio dos preceitos polinésios, que tanto a ajudaram a encontrar seu caminho.

No Espírito Santo, há 70 clubes de canoa havaiana e, cerca de 20 deles, são comandados por mulheres. Conheça um pouco mais sobre Luana e a canoa havaiana no @anchieta.vaa. Confira alguns registros da instrutora.

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