O secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa Social do Espírito Santo (Sesp), Alexandre Ramalho, anunciou, nesta segunda-feira (10), que deu início ao processo investigação e apuração das denúncias de ataques a escolas que começaram a circular no Estado no fim de semana.
“Queremos aqui tranquilizar os capixabas. Estamos atuando forte nessa questão por determinação do governador Renato Casagrande”, afirmou.
Ramalho ainda explicou que a “ameaça de uma determinada escola, que iria ter o ataque do nosso Estado, já foi demolida. Então, assim, nós estamos apurando, mas não tem nada de concreto”.
Ao lado dos secretários estaduais da Educação, Vitor de Angelo, e do Planejamento, Álvaro Rogério Duboc Farjado, o chefe da pasta da segurança do ES também destacou as medidas que estão sendo implementadas para garantir a segurança dos estudantes e da população em geral.
“Ao mesmo tempo em que estamos investigando, nós vamos trabalhando para levar mais segurança às escolas. Não tem nenhum fundamento, até agora, que comprova esses ataques. Secretários de educação do Brasil todo, secretários de segurança do Brasil todo estão recebendo as mesmas fotos e as mesmas ameaças em seus estados”, ressaltou.
Caso Ufes
Na manhã desta segunda-feira (10), a informação de que uma estudante foi ameaçada dentro da Ufes, em Vitória, causou pânico em alunos e professores da instituição.
“O fato acontecido na Ufes, estamos apurando, investigando para identificar o que, de fato, aconteceu. Levamos a tranquilidade de que estamos trabalhando para minimizar esse tipo de problema, que vem trazendo transtorno e preocupação para as famílias de todo o Espírito Santo e de todo o Brasil”, disse o Coronel Ramalho.
Baixa frequência por conta de boatos
O secretário de Estado de Educação, Vitor de Angelo, contou que, por conta dos boatos, as escolas do Estado registraram frequência baixa nesta segunda-feira (10). “As aulas nunca são suspensas sem a autorização da Secretaria de Estado da Educação. Então, todas as escolas funcionaram normalmente. É verdade que em função desses boatos, muitas escolas estão com uma frequência baixa no registrado normalmente em outros dias da semana”, disse.
Vitor disse que é importante que os pais tenham clareza nesse momento. “Sou pai e minha filha foi para a escola hoje com a certeza de que, estatisticamente, é mais provável que outra coisa aconteça do que um atentado na escola. É um fenômeno que gera muita comoção, que exige de nós muita atenção, muito cuidado, um olhar na Inteligência da Segurança Pública ainda mais refinado, mas não estamos na eminência de um ataque orquestrado em muita, nem na maioria e muito menos em todas as escolas”, continua.
“Se seguirmos pelo único caminho alternativo a esse, que é dar crédito a esses boatos, então será a falência da escola. Vamos ter que ficar com os filhos em casa permanentemente, pois naturalmente, uma vez que nós garantimos a quem disseminou esses boatos que a sua iniciativa foi exitosa, ele, ela ou outras pessoas farão o mesmo amanhã, depois de amanhã e assim sucessivamente por motivos diferentes”, pontua.
O secretário ressaltou ainda que os pais devem ficar atentos aos filhos. “Cabe a nós, pais, ficarmos atentos ao que nossos filhos estão fazendo. Esse fim é o papel fundamental da família, que esse papel a polícia nunca vai cumprir. Nós, enquanto polícia, Secretaria de Educação, Governo, jamais estaremos na casa, no quarto, no computador, no telefone, na televisão de cada um e esse é um papel fundamental que a família pode e deve cumprir”, completa.
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