Atrativos turísticos
Com Roberto Carlos, Cachoeiro é um celeiro cultural e turístico do Espírito Santo
Quem estiver na cidade para curtir o show do aniversário dos 82 anos do Rei, pode conferir muitos outros atrativos, que atraem turistas ao município durante todo o ano
A Capital Secreta é um celeiro cultural e revelou diversos de seus filhos ilustres, como: Roberto Carlos – aniversariante do mês, Rubem Braga, Newton Braga, Sérgio Sampaio, Carlos imperial, Jece Valadão, Luz Del Fuego.
Quem estiver na cidade para curtir o show do aniversário dos 82 anos do Rei, pode conferir muitos outros atrativos, que atraem turistas ao município durante todo o ano. Um deles, é a Casa de Cultura Roberto Carlos, a casa onde nasceu o cantor. Aberto diariamente, o local recebe milhares de turistas durante o mês e é o principal destino dos fãs do cantor;
Com mais de 210 mil habitantes, Cachoeiro de Itapemirim é terra de um povo bairrista, mas que sabe receber bem os turistas. E são esses turistas, de todas as partes do brasil e do mundo, que buscam conhecer mais sua história e seus personagens mais ilustres.
Os atrativos turísticos são um charme à parte e merecem a visita. Conheça os principais:
Fábrica de Pios é a única do segmento na América Latina
Antes de a música de Roberto Carlos ganhar o Brasil e o Mundo, e a paixão por pássaros de Rubem Braga ser revelada em seus poemas, Cachoeiro de Itapemirim já era destaque pelo som, canto e poema dos pássaros. Maurílio Coelho fundou, em 1903, no mesmo ano em que a energia elétrica chegou ao município, a única Fábrica de Pios da América Latina.
Os pios, que são instrumentos musicais que produzem os sons das aves, era uma paixão de Maurílio, que começou após um contato com os índios e caçadores da região. Foi daí que surgiu a ideia de montar um pequeno torno para iniciar seus experimentos.
O objetivo era substituir os pios já existentes de bambu e taquara, que possuía um som pouco eficaz para atrair os pássaros. Para chegar ao som ideal, Maurílio visitou matas de diversas regiões do Brasil para exaustivos testes e pesquisas.
Bisneto de Maurílio, Fábio é o atual gestor da Fábrica de Pios, e mantém o legado da família e a paixão do bisavô pelo som das aves. A fábrica segue em pleno funcionamento e a produção diária é vendida no Brasil e no exterior, em países, como: França, Bélgica, Inglaterra e Estados Unidos.
Feitos à mão, os pios são esculpidos um a um, em diferentes tipos de madeira. A produção artesanal, criada por Maurílio, é mantida até hoje na fábrica, que conta com os equipamentos originais.
Roteiro turístico reúne história e cultura
Localizado no coração da cidade, o Centro Cultural Mestre Salatiel – a Casa da Capoeira, reúne história, tradição e parte da cultura de Cachoeiro de Itapemirim.
O espaço cultural é uma homenagem a Salatiel Francisco da Silva, uma figura lendária da cultura popular de Cachoeiro de Itapemirim. Nascido no Rio de Janeiro, ele se mudou para a capital secreta em 1945.
Na cidade, ele fundou a Folia de Reis São Francisco de Assis, e ajudou a fortalecer as tradições do caxambu e a tradição do carnaval do Boi Pintadinho. Mestre Salatiel morreu em 1984, aos 68 anos de idade, e sua história e seu legado permanecem vivos na cultura da cidade.
Antes de se tornar um espaço cultural, o imóvel pertenceu à antiga Estação Ferroviária Leopoldina, e abrigava uma enfermaria para atender os ferroviários. Uma maca e uma mesa de apoio, que pertencia à enfermaria, estão no Museu Ferroviário Domingos Lage, no prédio da antiga estação.
Museu Ferroviário
Inaugurada em 1903, a estação ligou, durante décadas, o Sul do Espírito Santo ao Rio de Janeiro e Vitória. Por conta do crescimento urbano, a linha férrea foi retirada do centro da cidade em 1995, e transferida para fora da área urbana.
Localizado no centro da cidade, o imóvel ainda mantém as características originais da construção. Em 2003, a Prefeitura de Cachoeiro recebeu da Rede Ferroviária Federal, o termo de posse para o uso exclusivo de um Centro Ferroviário Cultural. Em 2004, passou a se chamar Museu Ferroviário Domingos Lage.
Atualmente, o espaço abriga um pequeno acervo das atividades ferroviárias do município no Armazém 1, com registros fotográficos, documental, móveis, um torno de fabricação inglesa datado de 1930, que era utilizado para construir peças de reposição da linha e para as locomotivas da época de ouro da ferrovia na região. Além de objetos, que eram usados na época do funcionamento da estação.
O Armazém 2 abriga o Centro de informações ao Turista. No primeiro andar, ainda é possível visualizar a bilheteria da antiga estação, um banco original, preservado e à mostra do visitante, e a escada inglesa de ferro, que dá acesso ao 2º andar, onde acontecem exposições e aulas de dança.
Na linha vermelha, em frente à antiga estação ainda há partes da história ferroviária da cidade. Ao lado, a caixa d’água, que era usada pelos trens, que eram à vapor, está erguida no local. Além disso, a Praça Visconde de Matosinhos é outro charme do local e chama a atenção por aludir à memória da atividade ferroviária no município, e tem exposto um carrinho ferroviário.
Ponte de Ferro
A história da antiga estação passa pela Ponte de Ferro. Inaugurada em junho de 2010, a ponte recebeu o nome do líder sindical, ferroviário e advogado Demisthóclides Baptista, assassinado no Rio de Janeiro em 1993.
Na época, a inauguração contou com a presença do então presidente da República, Nilo Peçanha. A Ponte de Ferro de Cachoeiro de Itapemirim, ligava o município à Vitória pela estrada de ferro.
Em 1996, um ano após os trilhos do trem serem retirados no centro da cidade, a Câmara de Vereadores de Cachoeiro aprovou um projeto de lei, para que a ponte foi adaptada para atender a demanda do fluxo de veículos do centro do município.
Hoje, aos 112 anos, ela liga o centro da cidade aos bairros Aquidaban e Ferroviários, e é um dos principais atrativos turísticos de Cachoeiro de Itapemirim, por sua beleza e importância para a história da cidade.
Praças também são atrativos turísticos
Foi com a canção “A Praça”, que o cachoeirense Carlos Imperial, mostrou para o Brasil seu amor e sua saudade pela Capital Secreta. A canção, gravada pelo cantor Ronnie Von em 1967, foi inspirada na Praça Jerônimo Monteiro.
Da época de sua composição até os dias atuais, muita coisa mudou: continua sendo a mesma praça, no entanto, não são mais os mesmos bancos e nem os mesmos jardins. Mas, saudosistas que são, os cachoeirenses guardam na memória a antiga praça.
Um dos destaques da Praça Jerônimo Monteiro é o charafiz. O obelisco, monumento em homenagem aos ex-combatentes da 2ª guerra mundial, é outro atrativo. Os bustos são outros atrativos históricos encontrados na Praça. O primeiro é o que dá nome à praça: Jerônimo Monteiro. Nascido em Cachoeiro de Itapemirim, em 1870, ele foi governador do Espírito Santo entre 1908 e 1912, além de senador, deputado estadual e federal.
O segundo é o busto de Fernando de Abreu, que dá nome à Ponte Municipal. Político brasileiro, jornalista e escritor, foi redator de O Cachoeirano, jornal local de Cachoeiro, onde passou sua adolescência. Como escritor, Fernando publicou um livro, titulado de “Um livro como os mais e farrapos”.
O terceiro busto da Praça Jerônimo Monteiro é o de Dom Luis Gonzaga Peluso, primeiro bispo da Diocese de Cachoeiro de Itapemirim. Em seu lugar de origem, no centro da Praça Jerônimo Monteiro, está o busto do escritor cachoeirense Newton Braga, que completaria 110 anos em 2021.
Cidade ganha cor e destaque filhos ilustres em murais
Quem passa pela Linha Vermelha, próximo ao Museu Ferroviário Domingos Lage, no centro de Cachoeiro de Itapemirim, já observou o mural ‘Trilhos da História’, um painel com pinturas em homenagem aos ícones do município.
Formado por quatro telas, o mural tem aproximadamente 52 metros de extensão e 6 metros de altura. A tela um é ilustrada por ícones de Cachoeiro, como: Arnoldo Silva, Carlos Imperial, Luz Del Fuego, Raul Sampaio, Roberto Carlos e Sérgio Sampaio.
A tela dois faz homenagem às figuras folclóricas de Cachoeiro: Agulha, Delicioso, Geraldo Babão, Maria Fumaça, Maria Gasolina, Moringueiro e Nenê Doido.
Já na tela três, dedicada à cultura popular, encontramos as pinturas de: Dona Canutinha, Dona Isolina, Dona Maria Laurinda Adão, Mestre Josão Inácio, Mestre Salatiel e Mestre Volmir.
Na quarta e última tela, estão os personagens do cenário literário e cultural: Dedé Caiano, Evandro Moreira, Jece Valadão, Levino Fanzeres, Newton Braga, Rubem Braga e Zozô.
Na Ponte Municipal Fernando de Abreu, o rei da música popular brasileira, Roberto Carlos foi retratado na pintura da Praça Coronel Xavier. Na Praça que leva seu nome, Jece Valadão foi estampa o muro, que também presta homenagens aos ex-vigias. o local fica no bairro Coronel Borges.
No bairro Ferroviários, o escritor Newton Braga foi pintado no muro da escola municipal, que leva seu nome. Em 2021, o cachoeirense completaria 10 anos.
Outra personalidade registrada nos muros na cidade é o cantor e compositor Sérgio Sampaio. Ele está estampado na Pracinha Cultural que leva seu nome, no bairro Rui Pinto Bandeira.
Casa dos Braga reúne acervo da família
Em 2017, a Casa dos Braga, local onde viveram os irmãos Newton e Rubem Braga, passou por obras de reforma e restauração, o que oferece novos serviços nas instalações elétricas e hidráulicas, instalação de ar condicionado central, além de receber uma plataforma elevatória, que proporciona o acesso de pessoas com mobilidade reduzida aos espaços internos da casa.
No local os visitantes podem contemplar três exposições: “Minha Cidade, Minha Casa”, “Rubem e Seus Amigos Artistas” e “Newton Braga Entre Seus Amores”.
A exposição “Minha Cidade, Minha Casa” reúne 132 peças, entre: lustre, máquina de costura, quadros, estantes e diversos móveis da coleção de Anna Graça Braga de Abreu, caçula dos irmãos Rubem, Newton, Carmosina, Armando e Yedda, filhos de Rachel Coelho Braga e do primeiro prefeito de Cachoeiro, o Coronel Francisco Braga. A artista plástica faleceu em 2013.
Já a exposição “Rubem e Seus Amigos Artistas”, é uma volta ao universo da arte de Rubem Braga. A Mostra reúne obras que mostram a proximidade do cachoeirense com alguns daqueles que foram os mestres no seu tempo, como: Portinari, Dorival Caymmi, Clóvis Graciano, o pintor argentino Caribé, Di Cavalcanti, Djanira, Borjalo e Garcia Roza. Além disso, o público pode conferir o acervo pessoal dos livros de Rubem Braga, as homenagens recebidas ao longo de sua vida e sua máquina de escrever, onde redigiu suas crônicas e livros.
Na terceira exposição “Newton Braga Entre Seus Amores” estão expostos documentos e fotografias, que foram doados pela família. Também há reproduções digitais e um extenso acervo de recortes de jornais e revistas, e além dos livros publicados por Newton Braga, que completaria 110 anos neste ano.
Biblioteca Pública Municipal incentiva a educação e cultura
Outra grande fonte de pesquisa dos cachoeirenses, a Biblioteca Pública Municipal “Major Walter dos Santos Paiva” é outro atrativo do município. O espaço foi criado oficialmente em 1944 e, em 1965, recebeu o nome do militar, que doou várias obras para o acervo, com o objetivo de incentivar a educação e a cultura no município.
Atualmente, a Biblioteca Pública Municipal está instalada na Casa da Memória, um imóvel construído em 1920 e pertencia à família Ribeiro. Em dezembro de 1988, foi tombada como Patrimônio Histórico.
A Biblioteca Pública Municipal reúne mais de 15 mil títulos, entre obras literárias, livros didáticos e revistas, que compõem o setor de pesquisa. O espaço também abriga a sede da Academia Cachoeirense de Letras (ACL).
Centro Operário e de Proteção Mútua é história viva de Cachoeiro
Fundado em janeiro de 1907, o Centro Operário e de Proteção Mútua, idealizado pelo operário Athanagildo Francisco Araújo, faz parte da história de Cachoeiro de Itapemirim. O imóvel foi comprado e doado com a ajuda do Coronel Francisco Braga, primeiro prefeito de Cachoeiro e pai dos escritores Rubem e Newton Braga.
O local foi criado com o objetivo de defender os direitos e garantidas dos trabalhadores, além de oferecer serviços de educação e saúde. O prédio, onde funcionou o trapiche, foi tombado como Patrimônio Histórico Material. E é no Centro Operário que, anualmente, o Cachoeirense Ausente Nº 1 é recebido logo após sua chegada à cidade. Uma tradição que se estende por décadas.
Museu da Ciência, Inovação e Tecnologia atrai estudantes
Outro atrativo de Cachoeiro que atrai muitos estudantes é o Museu da Ciência, Tecnologia e Inovação. Localizado no bairro Coronel Borges, o local é referência para as escolas do município e região quando o assunto é o ensino de conteúdos da área de ciências. No Museu está instalada a Praça da Ciência, que pode ser usada para aulas práticas sobre o tema.
O espaço possui 28 equipamentos, que visam proporcionar aos visitantes a oportunidade de conhecer aplicações de física e química, através de demonstrações práticas.
Os alunos podem e conseguem ter aulas práticas sobre temas variados da ciência. entre as atrações estão equipamentos como o “Gyrotec”, que simula a ausência de gravidade, a antena parabólica que emite som à distância e permite a comunicação, o e os tubos sonoros, que emitem notas musicais.
Pinturas artísticas deixam escadarias mais coloridas
As escadarias de muitos bairros de Cachoeiro têm recebido intervenções artísticas, o que tem chamado a atenção dos moradores da cidade. Uma delas é a Escadaria Madre Gertrudes de São José, que liga a Linha Vermelha à rua Teotônio Souto Machado, no bairro Ibitiquara.
O local ganhou uma pintura em homenagem à Madre Gertrudes, que chegou em Cachoeiro há mais de 90 anos e fundou uma das mais tradicionais escolas do município, o Colégio Jesus Cristo Rei.
No bairro Maria Ortiz, a escadaria localizada próxima ao Centro Municipal de Saúde, que liga as ruas Brício Mesquita e Antônio Guido, ganhou pintura artística nos degraus em homenagem à heroína capixaba Maria Ortiz, que dá nome ao bairro.
Outra escadaria que chama a atenção em Cachoeiro é a Maria Bonadiman Taddey, que liga a rua Padre Franco à avenida Francisco Lacerda de Aguiar, localizada no bairro Gilberto Machado. O espaço presta uma homenagem a três escritores ilustres nascidos em Cachoeiro: Marly de Oliveira, e dos irmãos Newton e Rubem Braga.
Turismo religioso também atrai visitantes ao município
O município de Cachoeiro de Itapemirim possui diversas igrejas de várias religiões. No entanto, três chamam a atenção dos turistas que visitam o município: a Igreja Nosso Senhor dos Passos – a Matriz Velha, a Catedral São Pedro e a Igreja Nossa Senhora da Consolação.
Tombada como Patrimônio Histórico Material, a Igreja Nosso Senhor dos Passos, a Matriz Velha, foi a primeira igreja erguida em Cachoeiro de Itapemirim, e inaugurada em 1882.
A capela foi construída para uso da família do Capitão Francisco de Souza Monteiro, o pai de Jerônimo Monteiro, ex-governador do Espírito Santo. Em 1884, passou para Matriz de Cachoeiro de Itapemirim, consagrada a São Pedro Apóstolo, padroeiro da cidade, posição que ocupou até 1949, quando foi inaugurada a Catedral de São Pedro.
A Catedral de São Pedro foi inaugurada em Cachoeiro em 1949. De estilo gótico, o templo se destaca por seus vitrais, que retratam São Pedro em passagens bíblicas. A Catedral de São Pedro é sede da Diocese de Cachoeiro De Itapemirim, responsável pelas paróquias do sul do estado.
A Paróquia Nossa Senhora da Consolação foi fundada em 8 de dezembro de 1953, após ser desmembrada da Paróquia São Pedro Apóstolo. sua primeira sede, foi a Igreja De Santo Antônio, localizada no bairro de mesmo nome.
Com a criação da nova Paróquia, Frei Antolin Rodrigues juntou empresários e pecuaristas para iniciar a construção de um templo dedicado à Nossa Senhora Da Consolação. As obras começaram em 1954.
Em 1958, ainda em construção, ocorreu a primeira celebração eucarística na Igreja Nossa Senhora da Consolação e sua inauguração aconteceu dois anos depois, em 1960.
Atualmente, a Igreja Nossa Senhora da Consolação chama a atenção de quem passa pela avenida Jones dos Santos Neves pela beleza e riqueza de detalhes.
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