Negócios Nacionais e Internacionais: Se você já pensou em ter uma loja virtual, precisa saber mais sobre isso
O comércio eletrônico global é muitas coisas: comércio internacional, negócios sem fronteiras e varejo online internacional. Mas mais importante do que o que é, é o que não é . O comércio eletrônico global não é um luxo. Não é uma estratégia entre muitas. Tornar-se global é uma necessidade. Como tudo que é grandioso, pensar […]
O comércio eletrônico global é muitas coisas: comércio internacional, negócios sem fronteiras e varejo online internacional. Mas mais importante do que o que é, é o que não é .
O comércio eletrônico global não é um luxo. Não é uma estratégia entre muitas. Tornar-se global é uma necessidade.
Como tudo que é grandioso, pensar em negócios internacionais é mergulhar em um mar de perguntas: Onde investir? Como atrair compradores não locais? O que é mais importante: tradução, moedas, parcelamento de vendas com juros simples, ou algo totalmente diferente?
Abaixo, o leitor terá uma visão interna do comércio eletrônico global e poderá descobrir se essa é, ou não, uma área em que vale a pena empreender:
O que é comércio eletrônico global?
O comércio eletrônico global é a venda através das fronteiras geopolíticas do país de origem de uma empresa.
Os produtos ou serviços são vendidos em mercados não nativos por meio de estratégias de marketing online e enviados para quaisquer lugares do mundo.
No Brasil, o sistema de acompanhamento logístico mais comum é o rastreio Correios, mas há inúmeros outros sistemas quando se trata de envios globais.
As Vendas Globais Online Estão Aumentando
Há dois anos, apenas 17,8% das vendas globais eram feitas por meio de compras online.
Espera-se que esse número chegue a 20,8% até o fim de 2023, um aumento de 2 pontos percentuais na participação no mercado de vendas online e que o crescimento continue, atingindo 23% até 2025, o que se traduz em um aumento de 5,2 pontos percentuais em apenas cinco anos.
Esses números são globais e gerais, ou seja, abrangem todo tipo de produto.
Um e-commerce que vende equipamentos para empresas, como câmeras, sensores de controle de ponto eletrônico, computadores, periféricos como mouses, teclados, equipamentos de áudio e suportes de monitor, está agrupado dentro de uma média com lojas de segmentos totalmente diferentes, como e-commerces que vendem aneis, alianças, escapulários, pulseiras e brincos, por exemplo.
Os indicadores são somados e divididos em diversos outros setores, em países de todo o mundo, a fim de criar-se uma média percentual.
Na prática, as variações dos índices de vendas desses produtos podem ser enormes e, portanto, quem pensa em empreender na área, precisa se aprofundar nos números específicos do segmento.
Crescimento global das vendas de comércio eletrônico
O crescimento global das vendas digitais continuará aumentando e ocupando mais participação no mercado de varejo, mas há alertas a serem levados em consideração:
Dr. Maurício de Souza, responsável por um grande escritório de advocacia em Campinas explica que as questões tributárias exigem uma responsabilidade fiscal muito grande: “trabalhar com exportação e importação é algo que não deve ser feito sem a ajuda de um especialista. A sonegação de impostos nacionais pode causar problemas sérios, mas cometer este erro internacionalmente pode gerar consequências quase que irremediáveis”.
Vale a Pena?
Considerando o risco das vendas internacionais, será que vale a pena se arriscar no mercado?
De acordo com a pesquisa concluída pela eMarketer e a Statista, as vendas no varejo online chegarão a US$ 6,51 trilhões até o fim do ano, com os sites de comércio eletrônico representando 22,3% do total de vendas no varejo.
Embora o varejo tenha passado por dificuldades desde 2020, todos os mercados nacionais cobertos pelo eMarketer tiveram um crescimento de comércio eletrônico de dois dígitos. A tendência continua:
A América Latina (incluindo Peru, Brasil, Argentina, Chile, Colômbia e México) registrou US$ 104 bilhões em vendas de comércio eletrônico em 2022, um aumento de 22,4% em relação aos US$ 85 bilhões em 2021.
Quem pensa em começar a atuar com negócios digitais, deve focar em:
Preços: Quando se trata de preços, dois problemas se apresentam para varejistas internacionais de comércio eletrônico: conversão de moeda e como lidar com promoções.
No Ocidente, é comum os preços terminarem em 9, enquanto em países como a China, é melhor usar um número redondo .
Em relação às promoções, de acordo com a McKinsey & Company , as empresas devem usar uma gama mais ampla de fatores para determinar a sensibilidade ao preço (especialmente em mercados estrangeiros). Além disso, vincular preços e promoções de maneira eficaz e lucrativa pode aumentar a receita e os perfis em três a cinco pontos percentuais no geral.
Pagamentos: Felizmente, pensando em quais métodos de pagamento são relativamente simples para comércio eletrônico internacional, será preciso pelo menos um processador de cartão de crédito/débito, e opções de carteira móvel, como Apple Pay e Google Pay.
Atendimento ao Cliente: Há tipos de produtos que não demandam tantos atendimentos ao cliente final. Em especial, produtos de marcas já conhecidas, não criam tantas dúvidas na mente dos consumidores e facilitam o processo de compra.
Por outro lado, itens que envolvem personalizações ou numerações, geralmente, demandam um suporte maior por parte dos vendedores.
O atendimento ao cliente é importante, não importa em que parte do mundo o negócio esteja. De acordo com a pesquisa da GRIN, 46,75% dos clientes entrevistados disseram que o atendimento ao cliente é uma parte importante de sua experiência de comércio eletrônico. Tipos comuns de comunicação na maioria dos países incluem telefone, e-mail e chat ao vivo.
Transporte e logística: A forma como seus compradores receberão seus produtos é um fator importante a ser considerado, pois provavelmente será caro. Portanto, para tornar o envio internacional bem-sucedido, pense em remover o máximo de atrito possível. Isso inclui pesquisar opções de preço com transportadoras, oferecer estimativas de velocidade de envio, pesquisar impostos relevantes e simplesmente impedir que alguns produtos sejam vendidos em determinados países.
Complexidades
Se esse compilado de informações fez com que o leitor se sentisse entediado ou desinteressado, certamente, negociações internacionais por meio digital não são o melhor caminho para empreender.
Por outro lado, o leitor que se identificou com o assunto e deseja saber mais sobre o tema, tem possibilidades de acabar se envolvendo em um mercado trilhardário e, quem sabe, se tornar um dos grandes nomes do mercado global.
Grandes fortunas não se fazem sozinhas, mas que se fazem, se fazem.
Redação: Bruna Bozano.
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