Policiais civis e militares do Espírito Santo realizam, na manhã da última quinta-feira (20), a 13ª edição da Operação Caim, com foco no cumprimento de 40 mandados de busca e apreensão e dois de prisão em bairros das cidades de Vitória e Vila Velha. Os alvos eram pessoas ligadas a uma organização criminosa que atua no tráfico de drogas e também que cometeram homicídios e outros crimes. Ao total, onze pessoas foram detidas. Armas e drogas foram apreendidas.
Ao todo, cerca de 120 policiais de diversas unidades especializadas das polícias Civil (PCES) e Militar (PMES) do Espírito Santo participaram da ação, inclusive com apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), do Batalhão de Missões Especiais (BME), Batalhão de Ações com Cães (BAC) e da Patrulha de Áreas Elevadas do 1º Batalhão da PMES. O helicóptero do Núcleo de Operações e Transporte Aéreo (NOTAer) também prestou apoio, assim como a Diretoria de Operações Táticas (DOT) da Secretaria da Justiça (Sejus).
Os alvos foram cumpridos nos bairros Jesus de Nazareth, Bairro da Penha, Santos Dumont e São Benedito, em Vitória, além de Terra Vermelha, em Vila Velha.
“O tráfico é cruel e covarde. Ele oprime as pessoas trabalhadoras que pagam seus impostos. O policiamento é difícil, mas estamos aqui para trazer segurança para a população”, disse o secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa Social, coronel Alexandre Ramalho.
O superintendente da Policia Especializada (SPE), delegado Romualdo Gianordoli, destacou que a prisão do gerente do tráfico de drogas, de 43 anos, conhecido como “Galo Cego”, é uma das mais importantes deste ano.
“Nós consideramos uma das prisões mais importantes do ano até agora pelas nossas investigações. Ele tinha uma grande experiência do tráfico de drogas na região. É uma prisão importante por se tratar do Primeiro Comando de Vitória (PCV). Ele era uma alta liderança e estava em contato direto com os chefes da facção, como Carlos Alberto Furtado, como o João da Doze e atuava, principalmente, em São Benedito, mas coordenando o tráfico em todo o complexo da Penha. Ele estava foragido há um bom tempo e já era um indivíduo que nós queríamos prender a algum tempo”, disse o superintendente Romualdo Gianordoli.
O delegado explicou que essas prisões servem para que a população tenha mais segurança dentro dos bairros onde moram, já que muitas vezes podem ser coagidas por uma organização criminosa. “Não podemos admitir que a liderança do tráfico possa coibir a liberdade de ir e vir do cidadão”, acrescentou Gianordoli.
Apreensões
Durante a ação, foram apreendidos uma pistola Canik 9mm, 68 cartuchos de calibre 9mm, 25 cartuchos de calibre .40, quatro carregadores de pistola, sendo um alongado de 30 munições, e um porta carregador duplo, um coldre de pistola, onze pinos grandes de cocaína, dois pacotes com centenas de pinos vazios, um rádio comunicador, uma balança de precisão, R$ 3.390,00 em espécie, 134 frascos (50ml) de hipoclorito de sódio (usado no refino de cocaína), além de 30 fogos de artifício, uma balaclava, uma camisa da facção, 13 celulares, um notebook e uma bandoleira.
Histórico
Com a média de uma fase por mês, em 2020, a Operação Caim é a maior operação já realizada no Espírito Santo, com o objetivo de reunir esforços dos diversos órgãos de segurança pública no combate aos homicídios.
As 12 etapas realizadas em 2020 resultaram na detenção de 422 pessoas, sendo 121 homicidas, além da apreensão de 96 armas, 2,798 munições, 16 veículos, drogas e dinheiro. Retornando em 2023, a 13ª edição da operação deteve onze pessoas e apreendeu armas, munições, drogas e dinheiro.
Operação Caim
O nome “Operação Caim” faz referência à história bíblica dos irmãos Caim e Abel, e remonta ao primeiro homicídio que a sociedade teve conhecimento.
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