No Brasil, a hipertensão arterial, conhecida como pressão alta, é a doença mais comum da população e a que mais mata também. Segundo o Ministério da Saúde, são 300 mil óbito anualmente, o que significa 820 mortes por dia, 30 por hora ou uma a cada 2 minutos.

Nesta quarta-feira, 26, foi comemorado o Dia Nacional de Combate à Hipertensão e, entre as estatísticas de diagnóstico está a protética Deigmar Nalesso Paula. Em 2019, aos 35 anos, após ganhar sua primeira filha, ela começou a sentir confusão mental, dores na nuca, dor de cabeça, indisposição. Ao receber o diagnóstico, imediatamente ela iniciou um acompanhamento no Programa de Gestão de Crônicos da Unimed Sul Capixaba.

“Atualmente, faço consultas periódicas, marcadas previamente, e nesses intervalos alguma enfermeira me liga para saber como estou, pergunta dos meus hábitos, se tenho algum sintoma. Atualmente, faço a medição de pressão em casa diariamente, tomo medicamento e tenho tentado seguir as orientações médicas. Muitas vezes, a gente esquece de cuidar da nossa saúde, por isso o Programa tem sido tão bom pra mim, eu sei que tem alguém cuidando junto comigo e me direcionando no dia a dia”, conta.

O Programa oferece acompanhamento a pessoas que apresentam quadros de doenças crônicas, como hipertensão, com protocolos de atendimento específicos para cada caso. Estão previstas consultas com médico e atendimentos de enfermeiros. Nos intervalos, os pacientes são monitorados de casa.

Para evitar sofrer as consequências da doença, vale seguir algumas dicas de como manter hábitos que podem ajudar a não chegar à fase crônica ou, no caso de pessoas já hipertensas, como fazer para que o quadro fique estável.

“A hipertensão arterial é uma condição crônica que ocorre quando a pressão nas artérias é elevada de forma persistente. Isso significa que o coração precisa trabalhar mais para bombear sangue para o corpo, o que pode sobrecarregar o sistema cardiovascular e causar danos a longo prazo”, explica o cardiologista da Unimed Sul Capixaba Gil Azeredo.

Segundo ele, alguns hábitos são fundamentais para evitar quadros predispostos à pressão alta, como reduzir o sal na alimentação, dar preferência a frutas e vegetais na dieta, praticar atividades físicas regularmente, ingerir bebidas alcoólicas moderadamente e cessar o cigarro.

E quem já convive com o quadro, precisa estar ainda mais atento: “A medicação, muitas vezes, é necessária e precisa ser levada a sério. Além disso, muitos hipertensos estão acima do peso e isso contribui para a piora do quadro. Pessoas com pressão alta precisam, também, reduzir o estresse, neste caso, cada paciente pode entender qual é a melhor estratégia”, explica Azeredo.

Há 20 anos, as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo, segundos dados da pesquisa mais recente da Organização Mundial da Saúde (OMS). Além disso, o número de óbitos não para de crescer: de cerca de 2 milhões no ano 2000 para quase 9 milhões em 2019.

Confira as dicas de como prevenir a pressão alta

– Mantenha um peso saudável: isso pode ajudar a reduzir a pressão arterial e o risco de desenvolver hipertensão;

– Pratique atividade física regularmente: a prática pode ajudar a reduzir a pressão arterial e a manter o coração e os vasos sanguíneos saudáveis;

– Reduza o consumo de sódio: reduzir a quantidade de sódio na dieta pode ajudar a reduzir a pressão arterial. O recomendado é um limite de 2.300 miligramas por dia;

– Mantenha uma dieta saudável: alimentação rica em frutas, verduras, grãos integrais, proteínas magras e baixa em gorduras saturadas e açúcares pode ajudar a prevenir a hipertensão.

– Limite o consumo de álcool: o consumo excessivo de álcool pode levar a um aumento da pressão arterial. Para a maioria dos adultos, isso significa uma bebida por dia para mulheres e duas bebidas por dia para homens.