Seita deixa 58 mortos no Quênia após jejum para “conhecer Jesus”
Os corpos foram encontrados ao longo dos últimos três dias em Malindi, no leste do país. Os mortos faziam parte da Igreja Internacional das Boas Novas

Subiu para 58 o número de mortos em uma seita do Quênia que incentivava os seguidores a jejuarem, afirmou a polícia do país nesta segunda-feira (24).
Os corpos foram encontrados ao longo dos últimos três dias em Malindi, no leste do país. Os mortos faziam parte da Igreja Internacional das Boas Novas. O fundador da igreja, Makenzie Nthenge, incentivou os seguidores a fazerem jejum total ‘para conhecer Jesus’, segundo as investigações.
Nthenge foi preso há dez dias, mas seus seguidores seguem escondidos jejuando, segundo a polícia. Parte dos corpos estava em uma vala comum em uma floresta na região, onde o grupo costuma se reunir para realizar cultos.
Na semana passada, as autoridades encontraram os corpos de quatro adeptos da igreja. Os investigadores chegaram à região após uma denúncia que apontava a existência de uma possível vala comum. Muitos adeptos da seita ainda estão escondidos em uma área de mata para fazer o jejum.
Uma mulher que se recusava a ingerir alimentos e com sinais de fraqueza foi encontrada no domingo (23). Ela foi então levada por autoridades a um hospital. Outros 11 fiéis, sete homens e quatro mulheres de entre 17 e 49 anos, foram hospitalizados na semana passada após também serem encontrados na floresta, conhecida como Shakahola.
Makenzie Nthenge já havia sido detido e indiciado no mês passado depois que duas crianças da seita morreram de fome. No entanto, ele pagou uma fiança de 100.000 xelins quenianos (cerca de R$ 3,7 mil) e foi liberado.
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