TCE-ES realiza operação para fiscalizar 42 escolas públicas no Estado
Mais de mil escolas serão fiscalizadas em todo o país e, no ES, 41 auditores participam das visitas para verificar a infraestrutura das instituições de ensino
Quarenta e um auditores do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo (TCE-ES) visitaram escolas de todo Estado nesta segunda-feira (24). O objetivo foi verificar a infraestrutura de 42 escolas públicas estaduais e municipais. A ação faz parte da Operação Educação que se estenderá até esta quarta-feira (26) e acontecerá em todo o país quando mais de mil escolas serão fiscalizadas.
Nas visitas, estão sendo checados 193 itens. Entre eles, a situação de refeitórios, bibliotecas, salas de aula e quadras esportivas. Também serão examinados aspectos ligados à segurança, prevenção de incêndios e higiene, assim como limpeza dos estabelecimentos de ensino.
Pela primeira vez, está sendo realizada uma operação em todo o país pelos Tribunais de Contas (TCs). Nesta ação, mais de 780 auditores dos 32 Tribunais de Contas vão avaliar 1.088 escolas públicas, ao todo. No Espírito Santo, 26 municípios receberão a fiscalização.
Escolas públicas escolhidas a partir de indicativos
As escolas foram escolhidas, a partir de indicativos de situações críticas relacionadas à infraestrutura que constam no Censo Escolar 2022. Ao longo de três dias, as informações resultantes das averiguações presenciais serão inseridas em um sistema de consolidação automática de dados. Em seguida, serão gerados dois tipos de relatórios: um nacional e outro por Estado. Os dados nacionais serão concentrados na sala de situação sediada no TCE-SP, criador da metodologia da fiscalização e do sistema informatizado.
Com esse programa, a operação será acompanhada, em tempo real, por meio de fotos e vídeos enviados pelos agentes em campo. Nos Estados, cada Tribunal de Contas terá sua própria sala de situação. A estimativa é que os relatórios sejam divulgados no dia 27, a partir das 14 horas.
A iniciativa, uma parceria entre a Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon) e o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP), tem o apoio técnico do Instituto Rui Barbosa (IRB), por meio do seu Comitê de Educação (CTE-IRB), além do suporte institucional da Associação Brasileira de Tribunais de Contas dos Municípios (Abracom) e do Conselho Nacional de Presidentes dos Tribunais de Contas (CNPTC). A participação do TCU inclui a possibilidade de fornecimento de dados relativos à educação básica do país e de acesso, pelas equipes, a trabalhos já desenvolvidos pela Corte no âmbito de suas competências.
Participação do Comitê Técnico de Educação
O trabalho teve participação do Comitê Técnico de Educação do IRB, que é coordenado pelo TCE-ES, no qual o conselheiro Rodrigo Coelho é o presidente do Comitê e a auditora Paula Sabra, a coordenadora.
De acordo com o presidente da Atricon, Cezar Miola, dados do Censo Escolar 2022 que subsidiaram a seleção das escolas a serem visitadas apontam que pelo menos 12,9 milhões de estudantes da educação básica da rede pública frequentam unidades que apresentam algum problema de infraestrutura. Quase um milhão deles estão matriculados em estabelecimentos de ensino sem acesso à água potável e 390 mil estudam em escolas sem banheiros. “O poder público precisa garantir meios para que as escolas ofereçam condições básicas, num ambiente de acolhimento, segurança e aprendizagem. É um direito das famílias e da sociedade”, afirma.
Para o presidente do IRB, Edilberto Pontes, ao lado das boas práticas pedagógicas e de professores qualificados e motivados, escolas limpas, com mobiliário adequado, com infraestrutura de bibliotecas e espaços para práticas esportivas são questões extremamente relevantes para a melhoria da oferta da educação pública. “A auditoria coordenada dos Tribunais de Contas se concentra, neste momento, nas questões estruturais. Verificar as condições das escolas públicas em todo o País e oferecer um diagnóstico nacional, que ajudará os governos, nas três esferas, a corrigir equívocos e aperfeiçoar práticas”, enfatiza.
As informações consolidadas servirão de subsídio para a atuação dos Tribunais de Contas. Já a adoção de procedimentos a serem seguidos deverá considerar as particularidades normativas de cada órgão de controle.
Receba as principais notícias do dia no seu WhatsApp e fique por dentro de tudo! Basta clicar aqui.