Alopecia: Veja como obter tratamento gratuito pela rede pública de saúde
Entre as possíveis causas do distúrbio estão fatores genéticos, imunológicos e hormonais

De acordo com o Ministério da Saúde, a alopecia, também conhecida como calvície, é uma condição bastante comum entre os homens e está diretamente relacionada aos hormônios sexuais masculinos, principalmente a testosterona.
Receba as principais notícias no seu WhatsApp! clique aquiEntre as mulheres, que também produzem esse hormônio, só que em menor quantidade, os casos são bem menos frequentes e, quando ocorrem, na maioria das vezes, a perda de cabelos é menos drástica. Por isso, episódios mais agressivos entre o público feminino são raros.
Além do fator hormonal, outras possíveis causas para o distúrbio são fatores genéticos e imunológicos. Em alguns casos, a alopecia pode estar associada a enfermidades como tireoidites, diabetes, lúpus, vitiligo, rinites e a outras condições alérgicas.
Outras possíveis causas relacionadas à perda de cabelos podem ser infecções provocadas por fungos ou bactérias; traumas na região capilar; hábitos compulsivos de arrancar os próprios fios de uma determinada área; excesso de oleosidade, que provoca a dermatite seborreica; aplicação exagerada de produtos químicos; má alimentação e carência de vitaminas; medicamentos ou estresse.
Após cirurgias, partos e durante o tratamento de quimioterapia, a perda de cabelo pode ser mais intensa, porém, passageira. Nesses casos, cessada a causa, o cabelo volta a crescer.
Tratamento pelo SUS
Segundo o Ministério da Saúde, independentemente da causa, se é transitória ou definitiva, seja em homens ou mulheres; casos leves, moderados ou graves, o Sistema Único de Saúde (SUS) conta com estrutura e profissionais especializados para atender, de forma integral e gratuita, a alopecia – inflamação que provoca calvície, queda ou rarefação (quando os fios ficam menos numerosos) dos cabelos ou pelos do corpo.
O tratamento pode ser iniciado na atenção primária, por meio de uma das Unidades Básicas de Saúde, mas o paciente pode ser encaminhado para a atenção especializada, com atendimento por parte de um dermatologista, se houver necessidade.
Ciclo de vida dos fios de cabelo
O ciclo de vida de cada fio de cabelo é marcado por três fases: crescimento, repouso e queda. Cerca de 90% dos cabelos estão na fase de crescimento. Depois de um curto período de repouso, quando para de crescer, o fio cai e, no seu lugar, um novo fio entra na fase de crescimento.
Por isso, uma pessoa pode perder de 50 a 100 fios de cabelo todos os dias, sem risco de desenvolver calvície, devido a esse processo de renovação contínua. A duração média de um fio de cabelo, do nascimento até a queda, é de um ano e meio a dois anos.
Tipos mais comuns
– Androgenética: é uma forma de queda de cabelos geneticamente determinada. Homens e mulheres podem ser acometidos pelo problema, que apesar de se iniciar na adolescência, só é aparente por volta dos 40 ou 50 anos. A doença se desenvolve desde a adolescência, quando o estímulo hormonal aparece e faz com que, em cada ciclo do cabelo, os fios venham progressivamente mais finos.
O sintoma mais frequente é o afinamento dos fios. Os cabelos ficam ralos e, progressivamente, o couro cabeludo mais aberto. Nas mulheres, a região central é mais acometida, podendo haver associação com irregularidade menstrual, acne, obesidade e aumento de pelos no corpo. Em geral, são sintomas discretos. Nos homens, as áreas mais abertas são a coroa e a região frontal (entradas).
– Alopecia areata: é uma condição caracterizada por perda de cabelo ou de pelos em áreas arredondadas ou ovais do couro cabeludo, ou em outras partes do corpo (cílios, sobrancelhas e barba, por exemplo). Acomete de 1% a 2% da população, afeta ambos os sexos, todas as etnias e pode surgir em qualquer idade, embora em 60% dos casos seus portadores tenham menos de 20 anos.
Tratamento
Com exceção à queda de cabelos de causa hereditária, nos outros casos, ela pode ser evitada ou retardada, se forem afastados os fatores de risco e introduzidos alguns medicamentos. Porém, há casos em que só o implante de cabelos pode representar uma solução estética para a calvície.
Para a alopecia areata, o tratamento não é obrigatório, uma vez que a condição é benigna e tende a regredir espontaneamente, mas costuma ser indicado porque a alopecia pode causar distúrbios psicológicos importantes. Adultos com menos de 50% de envolvimento do couro cabeludo podem ter boa resposta ao tratamento por meio da aplicação de injeções locais ou cremes.
É importante reforçar que o tratamento para qualquer tipo de calvície deve ser indicado e acompanhado pelo médico dermatologista.
Recomendações
Produtos que prometem soluções milagrosas e medicamentos sem indicação médica não devem ser usados por risco de efeitos adversos sérios. O dermatologista deve ser procurado em caso de algumas dessas condições:
– Cabelos caindo mais depressa e em maior quantidade nos últimos meses ou que caem em tufos;
– Couro cabeludo vermelho, com muita coceira ou ardência;
– Oleosidade muito acima do normal;
– Sinais de caspa aparente nas roupas e nos fios.
As informações são do Ministério da Saúde.