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Política

Cachoeiro pede por reforço de policiais e fim das obras da Delegacia Regional

A audiência pública envolveu, além de Cachoeiro, outros municípios do Sul do Estado, como Vargem Alta, Mimoso do Sul, Castelo, Muqui e Atílio Vivácqua

Por Redação

4 mins de leitura

em 12 de maio de 2023, às 08h54

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Moradores de Cachoeiro de Itapemirim solicitaram por mais policiais atuando na região Sul e o fim das obras da 7ª Delegacia Regional do município na audiência pública realizada pela Comissão de Segurança da Assembleia Legislativa, presidida pelo deputado estadual Delegado Danilo Bahiense (PL). O evento aconteceu na noite dessa quinta-feira (11) na Câmara de Vereadores da cidade.

A audiência pública envolveu, além de Cachoeiro, outros municípios do Sul do Estado, como Vargem Alta, Mimoso do Sul, Castelo, Muqui e Atílio Vivácqua.

Lideranças comunitárias clamaram para o reforço no déficit das Polícias Civil e Militar, além de cobrarem as obras da nova delegacia, no bairro Independência. De acordo com informações repassadas pelo colegiado, a Polícia Civil deveria ter 3.821 servidores, mas tem pouco mais de 2.400, enquanto a Polícia Militar possui 8 mil agentes de segurança, quando deveria ter 11 mil.

Aramis Machado Bittencourt, liderança do bairro Coutinho, questionou que há poucas viaturas para atender o município, visto que há diversos distritos e regiões.

O chefe da 7ª Delegacia Regional de Cachoeiro, delegado Rômulo Carvalho, por sua vez, comentou sobre a produtividade da Polícia Civil na área.

“As polícias têm trabalhado muito. Temos prendido traficantes, tem havido queda de homicídios. Em recente operação, nós apreendemos 19 armas de fogo de somente um cidadão. Os índices de crimes patrimoniais ainda nos incomodam, mas não deixamos de trabalhos. Recuperamos, em média, 25 veículos por mês”, afirmou o delegado.

O comandante do 3º CPOR, coronel Fabrício, afirmou que a segurança é um dever de todos. “Temos 268 militares que atendem Vargem Alta, Cachoeiro e Castelo”, contou ele sobre o quantitativo de policiais na região e ainda provocou a sociedade a questionar, conjuntamente, de onde vem tanta violência.

O juiz de Direito Bernardo Fajardo Lima, titular da 1ª Vara Criminal de Cachoeiro de Itapemirim, destacou a necessidade de valorizar as polícias, com bons salários, além de desempenhar atividade de inteligência.

Superintendente da Guarda Civil Municipal de Cachoeiro de Itapemirim, a inspetora Edinete Modesto Fraga Mendes mostrou o planejamento de segurança nas escolas. Uma das medidas foi disponibilizar contato direto dos agentes com vigias e gestores, para que haja rápida resposta em caso de algum delito ou ameaça. Além disso, há visitas técnicas nas unidades escolares.

Estiveram também presentes os deputados estaduais Allan Ferreira (Podemos), Wellington Callegari (PL), Dr. Bruno Resende (União Brasil), além de autoridades da Justiça, do Ministério Público.

Frente Parlamentar

Na parte da tarde desta quinta-feira (11), o deputado estadual Delegado Danilo Bahiense (PL) realizou a reunião da Frente Parlamentar em Defesa dos Conselhos e dos Conselheiros Tutelares, que reuniu profissionais de diferentes municípios do Sul do Estado.

Conselheiros presentes ao encontro relataram que recebem, em alguns casos, um salário-mínimo, que há computadores quebrados em suas unidades, que não têm capacitação continuada para exercer o cargo e que sofreram até com ameaças de mortes.

Em Cachoeiro, representantes contaram que o computador está quebrado e que há uma demanda muito grande. Uma das regionais, por exemplo, realizou, de janeiro até o presente momento, 1.304 atendimentos, que vão desde casos de orientação escolar até abuso sexual. Uma das reivindicações é o pagamento de adicional noturno. Outra representante da cidade frisou que os colegas já sofreram com ameaças de morte enquanto exercem as suas atividades.

Outras reclamações dos conselheiros tutelares são os carros, que estão em péssimas condições. Representantes de Jerônimo Monteiro disseram que o principal obstáculo é a questão salarial e a questão estrutural, havendo muita cobrança sobre os serviços executados. Foi ressaltada a necessidade de haver mais incentivos para o cargo.

Conselho de Alegre apresentou que o telefone celular da unidade tem problemas frequentes e sugeriu encontro com a Amunes sobre os profissionais.

De um modo geral, profissionais requisitaram presença de psicopedagogos e de neuropediatras para melhor atendimento de crianças. Existem situações de pacientes que tenham possíveis doenças mentais.

Os questionamentos de Vargem Alta foram semelhantes aos demais. Um ponto apresentado foi o fato de o órgão dividir espaço com o setor de identificação do município. A alegação é de que isso prejudica o atendimento e o sigilo.

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