A importância de um profissional da área da Odontologia em ambiente hospitalar é demanda antiga da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales). O tema voltou à pauta do colegiado nesta terça-feira (9), quando os parlamentares receberam o cirurgião bucomaxilofacial Valério Resende, que abordou casos em que os pacientes podem ser beneficiados com esse atendimento.
De acordo com o odontólogo, a presença desse profissional em hospitais oferta desde a prevenção de inúmeras patologias, como o câncer da cavidade oral ou câncer de boca – que abrange a área interna e externa da boca, como auxilia em outros tratamentos oncólógicos, cirurgias cardíacas e cirurgia bariátrica, por exemplo.
O encontro aconteceu no Plenário Rui Barbosa e contou com a participação do presidente da comissão, deputado Dr. Bruno Resende (União), e do deputado Callegari (PL), que é membro efetivo do colegiado.
Câncer de boca
O cirurgião destacou, principalmente, a atuação dos odontólogos em tratamentos oncológicos da cavidade oral. Ele informou que, a cada mil capixabas, 12 têm câncer de boca; a maioria devido a maus hábitos de higiene e saúde, principalmente uso de álcool e cigarro.
Resende explicou que, nesses casos, o profissional atua desde a orientação quanto aos cuidados de limpeza da boca até a realização de procedimentos como biópsia e cirurgias, no acompanhamento pós-operatório e na laserterapia em tecidos moles e duros da região orofacial, que tem custo bem mais baixo que a dispobibilização de leitos nos hospitais.
“O acompanhamento e tratamento odontológico nesses casos não são ofertados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e há um grande desconhecimento sobre a importância disso. É preciso conscientizar poder público, escolas de Medicina e Odontologia e sociedade quanto à necessidade de um odontólogo nesses locais. Além de melhorar a vida do paciente, dinamiza e barateia o trabalho hospitalar”, afirmou.
Segundo o deputado Dr. Bruno Resende, é preciso jogar luz sobre o tema e demandar os gestores públicos quanto a isso. Ele afirmou que fará uma indicação ao governo do Estado para começarem a debater o assunto.
“O hospital é apenas prestador de serviços. Quem garante atendimento é a gestão pública, que é tripartite, ou seja, é um trabalho conjunto entre governo federal, estadual e municipal. Vamos sentar com o governo do Estado para levar essa demanda e continuar a lutar por esse atendimento nos hospitais do Espírito Santo”, afirmou.
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