Dora precisa de próteses após crise renal a fazer perder pés e dedos das mãos

Em 48 dias, Doracy Ferreira de Oliveira – Dora, 42 anos, passou pelo coma induzido e perdeu os dois pés e dedos das mãos

Por Redação

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em 05 de maio de 2023, às 11h44

Fotos Redes Sociais

Tudo começou com uma crise renal que se transformou em um pesadelo. Em 48 dias, Doracy Ferreira de Oliveira – Dora, 42 anos, passou pelo coma induzido e perdeu os dois pés e dedos das mãos. Agora, ela segue na luta para se recuperar e está fazendo uma vaquinha on line, na internet, para conseguir adquirir as próteses das pernas e fazer voltar ao normal, na medida do possível, a vida ativa que tinha antes de tudo acontecer.

Dora é natural de Guaçuí, de onde também é sua família e a de seu marido, Amarildo Almeida, 49 anos. Eles moram em Guarapari há 12 anos e têm um filho, Pedro Antônio Ferreira de Almeida, 21 anos.

E como ela mesmo conta, o pesadelo começou no dia 13 de agosto de 2022. Dora passou mal em casa, com dores renais, e seu filho a levou para o pronto atendimento, em Guarapari, onde foi atendida e depois voltou para casa. No entanto, ela continuou passando mal no fim de semana – Dia dos Pais, inclusive. “Na segunda, meu esposo voltou comigo para o pronto atendimento, onde eu já fui transferida para o Hospital de Vila Velha e dei entrada em estado muito crítico”, conta.

A amputação dos pés e dedos das mãos

Em Vila Velha, os médicos a colocaram em coma induzido, por 13 dias, período em que passou por hemodiálise, porque os rins haviam parado de funcionar. Dora conta que os médicos não davam esperança para que ela sobrevivesse e foi um deles que contou para seu esposo que, se ela se recuperasse, iria ficar com as sequelas de amputações, porque as pernas e as mãos estavam necrosando. “Quando estava 20 dias internada, depois de sair do coma, vieram me dar a notícia das amputações, porque eu não sabia ainda, apenas meus familiares”, relata.

*Dora saiu do hospital depois de 48 dias e segue em casa onde tem dificuldades de locomoção (Fotos Reprodução).*

No dia 31 de agosto, Dora teve os dois pés e dedos das mãos amputados. Ela ainda foi transferida para o Hospital Evangélico de Vila Velha, para fazer a retirada da pedra que causou isso tudo. Isso mesmo. Uma pedra que estava no rim esquerdo e que desceu para o ureter, causou uma septicemia (infecção generalizada). No dia 2 de outubro Dora teve alta hospitalar. “Desde então, estou em casa, com várias restrições e limitações, presa numa cadeira de rodas há quase 9 meses. Por isso, estou buscando adquirir as próteses, para poder ter uma vida normal e, para isso, abri uma vaquinha na internet”, destaca.

As restrições para Dora são muitas, como ela conta. “Estou restrita à minha residência que tem algumas limitações, porque a casa não é adaptada para cadeirante”, explica. “A única coisa que foi feita, até agora, foi ampliar a porta do banheiro, para que eu possa fazer necessidades e tomar banho sem ajuda, mas para ter acesso à cozinha e varanda, preciso de ajuda, porque tem um degrau, e sair também não é possível, porque a casa fica abaixo do nível da rua que é um morro, então, não consigo sair sozinha”, completa.

Próteses podem fazer vida voltar ao normal

Por isso, as próteses são tão importantes para Dora. Elas vão ajudar nessa volta a uma vida normal. “Eu era uma pessoa muito ativa, elétrica, estava fazendo Pedagogia, já estagiando, trabalhando com ensino infantil, e era muito proativa, fazia caminhada no calçadão da praia, quero retomar isso tudo”, afirma.

As próteses serão somente para as pernas, porque, para as mãos, teriam que ser apenas estéticas, o que ela não julga tão necessário, agora. “Graças a Deus, eu tenho boa mobilidade manual e a fisioterapeuta fez uma adaptação numa caneta para eu voltar a escrever”, conta.

Dora esclarece que o orçamento que está colocado na vaquinha, no total de R$ 80 mil que pretende angariar com a campanha, foi feito com uma empresa especializada de Belo Horizonte. O valor de cada prótese é de R$ 30 mil. “Estamos pedindo R$ 80 mil, porque serão necessários gastos adicionais, com viagem, hospedagem, alimentação e fisioterapia para adaptação às próteses, entre outras”, explica. Até esta sexta-feira (5), a vaquinha havia arrecadado pouco mais de R$ 10,3 mil.