Quando levar a criança ao pronto-socorro? Especialistas apontam sinais
De acordo com pediatras, é preciso saber em que casos é necessário levar os pequenos ao hospital, a fim de evitar estresse e exposições a doenças
Com a chegada do outono e o aumento dos casos de viroses em crianças, muitas famílias entram em alerta quando os pequenos dão sinais de que algo não está bem. Por isso, especialistas explicam o que avaliar para sanber quando é o momento de buscar ajuda médica.
A pediatra Rachel Mandacaru, da Unimed Vitória, elenca as principais situações em que levar a criança ao pronto-socorro é a melhor opção.
“Se a criança estiver passando mal, apresentar convulsões, dificuldade para respirar, febre alta e persistente, alterações no nível de consciência, vômitos e diarreia que não melhoram ao ser medicada, desidratação e dor abdominal. Ela também deve ser levada em caso de queda ou forte impacto, suspeita de fratura, queimadura, corte profundo ou qualquer outro tipo de lesão que possa comprometer a sua integridade física. Além disso, indicamos também em caso de suspeitas de intoxicações ou alergias, tanto medicamentosas como de produtos químicos domiciliares”.
Por outro lado, Rachel explica que nem sempre o pronto-socorro é o local mais indicado para buscar auxílio, inclusive por conta da exposição a outros vírus e bactérias. “Os hospitais são ambientes onde muitos pacientes com diferentes condições médicas estão presentes, o que aumenta o risco de exposição à outras doenças. Isso pode ser especialmente perigoso para crianças que têm um sistema imunológico mais fraco”, diz a pediatra.
Ainda segundo ela, o tempo de espera por atendimento pode ser estressante para as crianças, especialmente as menores, e também para os pais. Além disso, elas podem ser submetidas a testes e a tratamentos não necessários.
“Pode também haver um falso alarme, o que significa que a condição da criança não é grave o suficiente para justificar uma visita ao pronto-socorro. Isso pode ser frustrante para os pais e para os profissionais de saúde. Por isso, é importante seguir as orientações médicas para decidir se uma visita ao pronto-socorro é necessária. Se você tiver dúvidas ou preocupações sobre a saúde da criança, é sempre melhor buscar orientação médica”, diz Rachel.
O pediatra Rodrigo Aboudib recomenda que as famílias busquem um pediatra de confiança e estabeleçam um vínculo, a fim de entrar em contato com ele em casos de suspeitas de viroses, por exemplo. É ele quem poderá dar o melhor direcionamento para o tratamento, já que conhece o histórico da criança.
Como lidar com as viroses?
E quando as viroses surgem, o que fazer? Essa é uma questão que preocupa a muitos pais. Por isso, Rachel Mandacaru dá as principais dicas de como proceder nesses momentos.
– Fique atento aos sintomas: os mais comuns incluem tosse, espirros, congestão nasal, dor de garganta, febre e mal-estar geral. Se a criança apresentá-los, fique atento à gravidade e à duração deles.
– Monitore a febre: ela é uma reação do corpo à infecção e pode ajudar a combater a doença. No entanto, se a febre for alta (acima de 38°C) e durar mais de dois dias, é importante buscar ajuda médica.
– Verifique a hidratação: é importante garantir que a criança esteja hidratada, oferecendo água, sucos naturais e soro caseiro, se necessário.
– Use medicamentos com orientação médica: não administre medicamentos sem orientação médica, especialmente em crianças menores de dois anos.
– Evite contato com outras pessoas: para evitar a propagação da doença, é importante que a criança evite contato próximo com outras pessoas e fique em casa enquanto estiver doente.
“É importante lembrar que cada criança é única e pode responder de forma diferente a uma doença. Se você tiver dúvidas ou preocupações, é sempre melhor buscar orientação médica”, destaca a pediatra.
Ela lembra ainda que as consultas de rotina são uma parte importante do cuidado com a saúde da criança e devem ser realizadas com periodicidade, mesmo que ela aparente estar saudável.“Elas são uma oportunidade para o médico examinar a criança e verificar se há algum sinal de doença ou problema de desenvolvimento. Isso pode ajudar a prevenir e detectar precocemente doenças e condições de saúde, garantindo um tratamento mais eficaz e evitando complicações”, pontua Rachel.
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