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Política

Segurança discutida na Câmara de Guaçuí e sugestão de “cacete” em quem furta

Vereadores trocaram farpas sobre questionamentos ao município, enquanto vereador sugeriu que os comerciantes “metam a ripa” em quem realiza furtos na cidade

Por Redação

4 mins de leitura

em 03 de maio de 2023, às 18h42

Foto Reprodução Câmara de Guaçuí

A segurança pública no município provocou discussão entre os vereadores de Guaçuí, na última sessão da Câmara, na noite desta terça-feira (2). Houve troca de farpas e até um vereador afirmando que “vagabundo é bom na cadeia” e que aqueles que compram produto de quem furta (o receptador) merece “entrar no cacete”.

A sessão começou com o vereador Julinho Tererê – que é vice-presidente da Casa de Leis e presidiu a sessão, com a ausência do vereador e presidente Valmir Santiago – levantando o assunto. Ele se referiu a trabalhos realizados por casas de recuperação de jovens com dependência química, inclusive de Guaçuí, que precisam de apoio do poder público. “O furto acontece por causa das drogas, na maioria das vezes”, disse.

Vereador Nelsinho também cobrou ações da Prefeitura para melhorar segurança (Foto Reprodução Câmara de Guaçuí).

Ele recebeu o apoio do vereador Nelsinho que destacou a necessidade do município apoiar essas instituições. “Segurança não é só prender uma pessoa, vai além disso”, disse, citando a falta de iluminação pública em várias ruas da cidade, o que, segundo ele, também é importante para a segurança pública. “São 330 lâmpadas queimadas na cidade”, relatou.

Discussão e troca de farpas

No entanto, a discussão se acalorou quando o vereador Wanderley de Moraes lembrou que o prefeito Marcos Jauhar esteve na Câmara, numa audiência pública sobre segurança, e ninguém fez questionamentos a ele, chamando seus colegas de “bando de hipócritas”. “A questão é que não tem aparelhamento jurídico para manter esses vagabundos na cadeia, por causa de políticos vagabundos fazendo leis porcarias”, disse. “Temos que ser políticos de verdade, vereador de verdade, fiscalizar de verdade e, quando o prefeito vier nesta casa, questionar”, completou, cobrando também da comunidade ao destacar que “tinha meia dúzia de pessoas no plenário”, na audiência.

O vereador Julinho reagiu lembrando que o próprio vereador Wanderley não esteve presente à audiência pública e, logo, também não teria feito cobranças ao prefeito. “Então, como vai questionar ou cobrar alguém? Use seu mandato e não o do seu colega”, argumentou.

“Cacete” em quem furta e em quem compra de quem furta

Enquanto o vereador Nelsinho também disse que fez suas cobranças ao prefeito durante a audiência. Ele citou todos os assuntos que questionou ao prefeito e lembrou que a ex-diretoria da Associação Comercial, Industrial, Agronegócio e Serviços de Guaçuí (Acisg) propôs uma parceria público privada, para a contratação de seguranças que fariam a ronda nos comércios, “mas o prefeito não quis”. “Mas ainda é tempo, porque talvez o prefeito tenha mais afinidade com o novo presidente, para colocar essa segurança”, ressaltou.

Vereador Aroldo Montoni sugeriu “meter a ripa nesses vagabundos” (Foto Reprodução Câmara de Guaçuí).

Foi quando o vereador Aroldo Montoni disse que o problema de segurança é do Estado. Além de também falar sobre os problemas de drogas e que os comerciantes deviam dar oportunidade para os jovens que estão se recuperando, Montoni disse que um dos grandes problemas é quem compra de quem furta. Ele sugeriu que os comerciantes façam sua própria vigília, para “meter a ripa nesses vagabundos, cacete na cabeça deles, porque vagabundo bom é na cadeia”. “E quando chegar o chicote e ele confessar que vendeu pra Pedro ou pra Paulo, e o receptador entrar no cacete, vão ver com quantas tábuas se faz uma canoa”, finalizou, encerrando o debate sobre segurança na Câmara de Guaçuí.

Resposta

O vereador Wanderley de Moraes não pode responder durante a sessão, mas depois rebateu o vereador Julinho Tererê, colocando que, ao contrário do que foi dito na sessão desta segunda, ele esteve presente à audiência pública, de forma on line, já que estava em Cachoeiro de Itapemirim, onde trabalha. “Inclusive, questionei o prefeito sobre o projeto de criação da Guarda Municipal”, destacou. “Não tive como responder, porque o então presidente cortou meu microfone, alegando que eu não podia me manifestar naquele momento”, completou.

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