Sedentarismo, ganho de peso, problemas emocionais e sociais, alteração nas taxas de exames. A curto prazo, esses são alguns dos prejuízos que uma criança obesa pode ter, mas, pensando na vida adulta, o cenário é ainda pior e pode resultar em redução da expectativa de vida. Este sábado, dia 3, é o Dia da Conscientização contra a Obesidade Infantil e a data coloca em evidência dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que mostram que uma em cada três crianças com idades entre cinco e nove anos está acima do peso no País.

“Crianças obesas podem desenvolver problemas de saúde a curto e longo prazo, incluindo doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, dificuldade respiratória, problemas ortopédicos, baixa autoestima e aumento do risco de certos tipos de câncer. Mas, é importante lembrar que a maioria das crianças se adapta bem à mudanças e isso inclui a alimentação e o estilo de vida, elementos que podem reverter este cenário”, defende a nutricionista da Unimed Sul Capixaba Adriana Macedo Sarzedas.

Ela informa que é necessário agir de forma preventiva, promovendo hábitos alimentares saudáveis e estimulando o livre brincar desde cedo. Isso porque é na infância que os indivíduos criam suas características metabólicas da vida adulta, ou seja, uma criança obesa tem grandes chances de se tornar um adulto obeso.

“O relatório da Federação Mundial de Obesidade, divulgado este ano, mostra que a obesidade infantil está aumentando rápido. De acordo com a projeção, no ritmo que estamos, se não fizermos uma intervenção, teremos quase 400 milhões de crianças e mais de 1,5 bilhão de adultos obesos daqui 12 anos”, revela a nutricionista.

Pensando em como contribuir para reverter esta realidade, a Unimed Sul Capixaba realizou uma ação com seus clientes, mas que irá beneficiar toda a comunidade. Baseado nas evidências de que é por meio da alimentação que as crianças têm fontes de nutrientes para crescer, se desenvolver, aprender e brincar, a cooperativa disponibiliza em seu site uma cartilha sobre alimentação saudável na infância.

O material reúne um passo-a-passo completo de como montar lanches saudáveis, levando em conta os grupos de alimentos e a quantidade ideal de cada um, inclusive com receitas. O material reforça também o que já é de conhecimento geral: a importância de evitar o consumo de alimentos ultraprocessados e industrializados, como biscoitos recheados, salgadinhos, fast-foods, pizzas, guloseimas, doces, entre outros.

“Os grupos de alimentos são o de frutas e vegetais, o de alimentos à base de grãos e pães e os que são fontes de proteína, como ovos, carnes em geral, leite e derivados. O ideal é que os lanches levem em conta pelo menos um de cada grupo. Além disso, a ingestão de água é fundamental. Refrigerantes, sucos adoçados e industrializados, achocolatados e isotônicos não precisam ser ofertados a crianças”, orienta Adriana.

A profissional revela também uma informação que poucas pessoas sabem: a lista de ingredientes presente nos rótulos dos alimentos mostra a tabela nutricional sempre em ordem decrescente. Isso significa que o primeiro ingrediente é o que está presente em maior quantidade e o último está em menor quantidade.

“Um produto que tenha o açúcar ou a gordura como primeiro ingrediente da lista, por exemplo, indica que aquele alimento tem esse nutriente como base, nesse caso, pode ser um alimento com teor bem importante de açúcar ou gordura. O açúcar, especificamente, pode ser apresentado como sacarose, açúcar invertido, glicose, entre outros”, conta.

Adriana orienta ainda que o pediatra de referência da criança pode indicar a necessidade de orientação nutricional especializada para alcançar um peso saudável, inclusive crianças que precisam ganhar peso também, já que o processo de ganho de peso nada tem a ver com a ingestão de alimentos com alto índice de açúcares ou gorduras.

A cartilha “Alimentação Saudável na Infância” está disponível pra download gratuito no site da Unimed Sul Capixaba . Basta acessar a aba “Viver Bem” e clicar em “Promoção de Saúde”.