Com a expectativa de vida das pessoas aumentando, os serviços de saúde já estão se adequando para atender à população. No que tange ao câncer, estima-se que nas próximas décadas, haverá uma grande onda de doentes idosos com câncer. Esse é o alerta que médicos de todo o mundo durante encontro da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco, da sigla em inglês), em Chicago, nos Estados Unidos, quando os especialistas pediram uma ação urgente para aumentar a força de trabalho médica pois segundo apuraram, o  mundo “não está preparado” para essa explosão.

Com o aumento da expectativa média de vida, estima-se que essa cada vez maior população idosa necessitará de cuidados específicos de saúde. A idade avançada é um fator de risco bem identificado pela comunidade médica, o que, às vezes, desencadeia uma atitude de desistência.

“É importante saber que os idosos devem ser tratados sim, nem todos são frágeis e hoje temos ferramentas para avaliar a fragilidade dos pacientes e definirmos juntos com paciente e família os tratamentos”, definiu a médica oncologista Sabina Aleixo, participante do encontro na cidade americana.

Ela, juntamente a outros colegas identificaram e alertam para a pressão sobre os já sobrecarregados serviços de saúde. Os pacientes mais velhos têm necessidades específicas e os especialistas têm a responsabilidade de melhorar os serviços geriátricos para fornecer cuidados adequados. “Temos que mudar um pouco a mentalidade que idoso não deve ser tratado.  Hoje com os tratamentos individualizados e com ferramentas de avaliação de risco podemos e devemos oferecer o tratamento a idosos com condição clínica”, finaliza Dra. Sabina.