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Saúde e Bem-estar

HIV: medicamento injetável é nova arma no tratamento

Conhecido como PrEP, profilaxia pré-exposição, o tratamento permite que o organismo esteja preparado para enfrentar um contato com o HIV

Por Redação

2 mins de leitura

em 28 de jun de 2023, às 14h09

Foto: Freepik
Foto: Freepik

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o primeiro medicamento injetável contra o HIV no Brasil, o cabotegravir. Trata-se de uma profilaxia pré-exposição (PrEP), quer dizer, um método de prevenção contra eventuais infecções pelo HIV. “Atualmente temos disponível no Brasil a PrEP oral pelo SUS, nas modalidades de uso contínuo e uso sob demanda. Nessa versão oral a PrEP é a combinação de dois medicamentos (tenofovir e entricitabina) que impedem que o HIV infecte o organismo”, esclarece a infectologista Ana Carolina D’Ettorres.

A PrEP diária consiste na tomada dos comprimidos, de forma contínua, todos os dias, e é indicada para qualquer pessoa em situação de vulnerabilidade ao HIV. Já a PrEP sob demanda deve ser tomada quando a pessoa antecipa que pode ter uma exposição de risco ao HIV. Para a especialista, a grande inovação do cabotegavir é a possibilidade de uma posologia mensal injetável que garante a mesma eficácia das demais orais. “O medicamento é um auxiliar para pessoas que têm indicação de PrEP sob uso diário, mas que apresentam dificuldade de manter a constancia”.

Não há previsão de inclusão da medicação no SUS, e estudos vêm sendo feitos desenvolvidos no Brasil para comparar a PrEP injetável com a PrEP oral. Mesmo assim, a PrEP injetável tem sido vista pela comunidade científica como uma importante inovação na prevenção do HIV, já que ainda não há uma vacina disponível contra o vírus. “O surgimento desse novo método de profilaxia é uma notícia muito boa. Cada vez que avançamos mais nos tratamentos e prevenção conseguimos garantir uma melhor qualidade de vida para as pessoas que fazem uso dessas medicações. Dessa forma é possível contribuir com a quebra da cadeia de transmissão do HIV”, salienta Ana Carolina.

As pílulas do tratamento oral, no entanto, não serão aposentadas. “Na verdade a PrEP continuará sendo uma das opções de escolha de profilaxia. Na indicação de um plano de prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis precisamos individualizar cada um, analisar como é a vida de cada pessoa, e assim escolher a melhor opção que se encaixe naquela situação”.

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