Polícia e Procon fecham empresas fornecedoras de gás natural veicular clandestino no ES
Por meio das investigações, foi possível localizar duas empresas, uma em Vila Velha e outra na Serra, responsáveis pelo comércio clandestino de kit gás.

A Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), em parceria com o Instituto Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-ES) e a Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales), realizou a terceira fase de uma operação de combate ao comércio clandestino de gás veicular. Na ação, duas revendas de gás veicular foram interditadas, uma em Vila Velha e outra no município da Serra, por força de determinação Judicial.
Receba as principais notícias no seu WhatsApp! clique aquiA operação teve início depois que Delegacia de Defesa do Consumidor recebeu denúncias de motoristas de aplicativos. Os relatos apontavam problemas de instalações do kit gás veicular, como a utilização de cilindros de baixa qualidade. Após diversos registros, a investigação foi realizada com o objetivo de localizar as empresas que estariam realizando o comércio irregular de gás veicular.
Por meio das investigações, foi possível localizar duas empresas, uma em Vila Velha e outra na Serra, responsáveis pelo comércio clandestino de kit gás. Ambas as empresas tinham registros, porém utilizavam os locais para as práticas ilegais. Segundo o titular da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), delegado Eduardo Passamani, as empresas também eram responsáveis por falsificar documentos ligados ao gás veicular.
“Antes de ser comercializado, o cilindro presente no kit gás precisa passar por uma inspeção, incluindo teste de pressão e de vazamento. Mas essas empresas, mesmo após o teste considerar alguns cilindros como reprovados, continuavam a comercializá-los normalmente”, ressaltou o delegado Eduardo Passamani.
Para comercializar os cilindros, os envolvidos falsificavam os documentos e trocavam a palavra reprovado do registro por aprovado. “Após a falsificação, eles repassavam os produtos e os documentos ilegais para as empresas de ‘fundo de quintal’, que iriam realizar as instalações dos cilindros reprovados”, acrescentou Passamani.
O titular da Decon alertou que o material reprovado pode causar perigo aos motoristas, pois corre o risco de incêndio e explosões. “Por conta das diversas adulterações, os equipamentos eram revendidos mais baratos, atraindo o interesse do consumidor. O material vinha sem nota fiscal e os donos das empresas não registravam os impostos gerados pelas vendas, o que dificultou a localização das revendedoras na primeira fase da operação”, relatou o delegado.
Eduardo Passamani informou que as investigações contabilizaram cerca de 39.700 veículos com o kit gás instalado irregularmente. “Três indivíduos foram detidos e vão responder pelos crimes de falsificação de documentos e propaganda enganosa. Dois dos suspeitos vão responder ao processo em liberdade e as empresas foram fechadas, após a investigação”, acrescentou.