Delegado entra em escola armado e agride professor em "defesa ao filho"
Professor é ameaçado por delegado em escola

A Polícia Federal do Paraná está apurando a conduta de um delegado que ameaçou e agrediu um professor após o educador entrar em uma discursão com seu filho, um jovem de 13 anos. O caso aconteceu na última sexta (30).
Receba as principais notícias no seu WhatsApp! clique aquiA vitima alegou que além de ser enforcado pelo pai do jovem, ainda recebeu voz de prisão no Colégio Franciscano Nossa Senhora do Carmo. No boletim de ocorrência, o delegado Mário César Leal Júnior relatou que o professor havia dito que “soltaria fogos de artifício” quando o filho saísse da escola, além de ter dito que o aluno era “nazista, racista, xenofóbico e gordofóbico”. O caso foi registrado na Polícia Civil como injúria.
O educador Gabriel Rossi, por sua vez, alegou que nunca chamou o estudante de nazista, apesar de confirmar que celebraria a saída do aluno, levando em consideração o comportamento dificil do estudante e uma conduta nada exemplar dentro da escola.
“Eu já tinha visto ele fazer comentários de cunho preconceituoso, machista, homofóbico, gordofóbico com os professores e que todas essas coisas somavam à visão que eu tinha de comentários detestáveis que ele fazia, inclusive eu disse para ele que em alguns momentos o vi fazer brincadeiras de cunho nazista. Mas eu sei que o menino não é nazista”, contou Gabriel ao blog de Andréia Sadi, no portal G1.
Em conversa entre professor e aluno, depois do jovem chamá-lo de “calvo”, já na saída da escola, o profissional conta que foi abordado pelo delegado já nervoso e alterado.
“Ele começou a gritar que ele era delegado e que eu estava preso. Apertou o meu braço e puxou, eu tentei sair e foi quando ele me enforcou, me jogou contra o carro dele e aí ele puxou a pistola e apontou na minha cara”, relatou.
Gabriel acusou membros da polícia local de abuso de poder. Isso porque, ao tentar registrar um boletim de ocorrência, o educador foi impedido por uma suposta greve na unidade. A delegacia afirmou que ele seria chamado para depor nesta semana, mas, até o momento, o pedido não havia sido oficializado.