Divino de São Lourenço e Guaçuí
Envenenamento de animais preocupa projeto de proteção
Segundo os membros do projeto Paulo Gustavo – Pretinho, recentemente, casos foram registrados em Divino de São Lourenço e Guaçuí
Os membros de um projeto de proteção a animais abandonados em situação de rua, em Divino de São Lourenço e Guaçuí, na região do Caparaó, estão preocupados com denúncias de envenenamento. Segundo os membros do projeto Paulo Gustavo – Pretinho, recentemente, casos foram registrados nos dois municípios.
O carteiro Danilo Bacural e sua esposa, Bianca Curti da Silva, são os criadores do projeto que leva o nome do “filho de quatro patas”. E ele conta que um morador do distrito de São Tiago, em Guaçuí, o procurou para fazer uma denúncia. Cães e gatos têm sido vítimas de envenenamento na região. “E em Divino de São Lourenço, tivemos uma denúncia de tentativa, mas graças a Deus, conseguimos salvar o animal a tempo”, conta Danilo, se referindo ao caso da cadela Malhada que está se recuperando.
Para Danilo, isso é inadmissível, porque não são casos isolados e existem pessoas que, infelizmente, cometem a covardia de envenenar os animais. Ele coloca que essa não é a maneira de acabar com os animais abandonados. “Esses animais não têm culpa e a obrigação de diminuir essa população e abrigar os que já se encontram nas ruas é dos municípios”, afirma. “A solução no combate à população desordenada de animais soltos em vias públicas é a castração”, acrescenta.
Responsabilidades do projeto de proteção
Danilo Bacural coloca que o papel dos protetores deveria ser apenas fiscalizar se os direitos dos animais estão sendo respeitados. No entanto, segundo ele, não é isso que acontece. A responsabilidade de castrar, ajudar a conseguir um lar temporário ou uma adoção responsável, medicar e socorrer em casos de acidentes ou maus tratos acaba caindo para os projetos de proteção. Grupos sem fins lucrativos que não são ONGs que surgiram diante do problema que se tornou o alto número de animais abandonados em situações de rua e a falta de políticas em prol desses animais.
Um desses, é o Projeto Paulo Gustavo – Pretinho – que surgiu em novembro de 2022. E, hoje, atua nos municípios de Guaçuí e Divino São Lourenço, alimentando, medicando, castrando e ajudando a identificar situações de maus tratos. “E abandono de animais também é um ato de covardia e é considerado maus tratos, é crime”, enfatiza Danilo.
Os idealizadores do projeto também defendem as definições da medicina veterinária quanto aos benefícios da castração de cães e gatos, para os animais e a sociedade. “A castração é uma ação importante para o controle populacional de cães e gatos, pois contribui com a redução de crias indesejáveis, abandono, transmissão de doenças sexualmente transmissíveis entre os animais e diminuição de transmissão de zoonoses, além de favorecer para a evolução dos aspectos sociais do município”, destaca Danilo Bacural.
Descontrole populacional
Um casal de cães em 10 anos pode chegar a dar origem a oitenta mil animais, o que pode gerar descontrole populacional, doenças, acidentes e maus tratos. “E os principais objetivos do Projeto Paulo Gustavo – Pretinho – passam pelo controle populacional, por meio de esterilização de animais errantes em conjunto com a conscientização da população, sobre a importância do bem-estar e cuidados a serem oferecidos a estes animais”, pontua Danilo.
O Projeto Paulo Gustavo – Pretinho – tem página no Instagram. Por ela, é possível acompanhar o trabalho que é realizado (https://instagram.com/paulogustavopretinho?igshid=NGExMmI2YTkyZg==)
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