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Pets e a volta às aulas: como minimizar o estresse de separação

Saiba o que fazer para evitar o estresse da separação na volta às aulas e eliminar sintomas físicos e emocionais prejudiciais aos pets.

Por Redação

6 mins de leitura

em 11 de ago de 2023, às 14h32

Foto: Pixabay
Foto: Pixabay

A volta às aulas pode não ser fácil para as crianças e jovens, afinal, quem não gosta de curtir as férias? Porém, para os pets, esse pode ser um momento ainda mais complicado. Isso porque podem sofrer com o estresse da separação. 

O amor que temos por ele é gigante, não é mesmo? Mas, o que eles sentem por nós é tão grande, que a quebra de expectativa desse vínculo, ou seja, a separação, causa danos à saúde física e emocional dos bichinhos. 

Quanto a isso, se chegou até este artigo, é porque percebeu que o seu pet é apegado a você ou a um tutor que precisa se ausentar com frequência e precisa de ajuda. 

Contudo, se acredita que a saída é mimá-lo antes ou após sair de casa… é totalmente o oposto! Para saber o jeito de deixar todo mundo feliz, sem nenhum tipo de estresse, fique até o final! 

O que é estresse da separação em pet?

Estresse da separação é o distúrbio decorrente da separação do pet em relação a uma pessoa a quem ele tem muito apego. Quanto às residências com mais de um morador, o bichano sofre com o afastamento de quem ele tem mais vínculo ou quando fica totalmente sozinho.  

Em entrevista ao G1, o advogado Luccas Gontijo Alves relata sobre o comportamento estranho que sua cachorrinha Mabel tinha quando ele saía para trabalhar.  

“Ela passou a chorar muito alto, ficava triste, rasgava os objetos da casa, subia em cima da mesa, mordia sapatos”, descreve. 

Infelizmente, esse é um quadro normal para alguns bichinhos mais sensíveis a esse processo. Porém, felizmente, é facilmente percebido, e tem tratamento conforme indicações de profissionais qualificados. 

Especialistas explicam! 

O veterinário Raymundo Chaves Neto explica sobre a ansiedade da separação. Conforme o especialista, ela é um distúrbio de vínculo afetivo e acontece devido ao forte apego que os bichos de estimação têm com seus donos. 

Portanto, trata-se de uma dependência emocional a qual resulta em sintomas físicos. Situações como essa também são comuns para nós, os humanos. Quer um exemplo? 

  • Quando comemos mais do que o comum em situações de estresse, quando ficamos mais calados em momentos tristes ou quando sentimos dores de barriga quando estamos ansiosos com algo. 

Nesse sentido, com os pets, a carência emocional e a falta da presença física de quem eles mais amam, leva a alguns sintomas físicos indesejados. 

Fique atento aos sintomas:

  • choro excessivo;
  • uivos e latidos ao perceber que ficará sozinho;
  • morder objetos, sapatos e móveis;
  • apatia, tristeza;
  • xixi em local incomum; 
  • salivação excessiva;
  • diarreia;
  • coração acelerado;
  • falta de apetite;
  • lambedura;
  • automutilação;
  • agressividade.

Causas da ansiedade da separação

A causa parece óbvia, não é mesmo? Porém, em alguns casos, ela vai além da separação devido às voltas às aulas ou ao trabalho, por exemplo. Sendo assim, ela é igualmente consequência de: 

  • pet isolado em cômodos da casa;
  • traumas passados, principalmente abandono ou maus tratos;
  • mudança repentina de residência ou rotina;
  • estadia em um local desconhecido;
  • alteração na alimentação. 

Deixou o cão ou gato em uma creche com medo dele sentir sua falta, ou falta do tutor que vai à escola? Em alguns casos, essa estratégia pode não ser bem-sucedida. 

Isso porque às vezes o problema não é a solidão em si, mas a falta de quem ele ama, a estranheza a uma mudança de rotina, a saudade de casa ou o medo de ser abandonado novamente. 

Estratégias para minimizar o estresse da separação

Assim como a volta às aulas, certas separações são inevitáveis. Afinal, apesar de querermos muito poder ficar na companhia de nossos amigos de 4 patas, precisamos sair de casa para outros compromissos. 

Por isso, confira as principais estratégias, segundo o comportamentalista canino Flávio Souza Santos, para evitar a ansiedade da separação em pets: 

Não exagere nas despedidas

Quanto mais carinho, beijos e abraços e mais afinar a voz de bebê na despedida, mais o pet reconhece que ela sairá por muito tempo. 

Pense no seguinte: como se despede de alguém que sabe que verá dali dois dias? E como se despede de alguém que sabe que não verá por meses? 

As reações são diferentes, concorda? Então, caso exagere na hora de sair de casa, o subconsciente do pet entende que sua partida será longa. 

Por isso, um “tchau”, “até depois” ou um carinho rápido na cabeça são suficientes.

Ao voltar, também não exagere nos encontros

Os encontros devem ser tão tranquilos quanto as despedidas. Portanto, ao chegar, o tutor deve demonstrar que isso é algo normal, e não um grande acontecimento. 

Isso porque, quando chega em casa eufórico pelo encontro do bichano, ele entende que é uma situação inédita, e tão difícil de acontecer, que precisou de uma “festa” para isso.   

Dica de especialista: 

“Ao chegar em casa, ignorar o cão quando ele estiver em desespero, para só depois de algum tempo lhe dar atenção, é uma ótima maneira de acalmá-lo. O animalzinho vai saber que o tutor voltará para o ambiente doméstico e que aquela situação é normal”, cita o comportamentalista Flávio Souza. 

Deixe seu cheiro em casa

Uma alternativa fácil e que evita sapatos e móveis destroçados pelo animalzinho é deixar uma roupa com o cheiro do tutor o qual ele sente falta. 

Blusas são as melhores opções, devido a maior concentração de perfume. Deixe-a em um local visível e de fácil acesso e espere que o pet a encontre. 

Lembra sobre não exagerar na despedida? Então, não precisa mostrar a peça de roupa, ok? Ele com certeza irá encontrá-la sozinho e usá-la para se sentir mais calmo e menos sozinho. 

Distribua petiscos pelos cômodos

Petiscos nunca são demais. Os bichanos adoram e podem usá-los como um escape da falta que sentem do tutor. Nesse caso, servem como uma miragem no deserto!

Distribua os petiscos preferidos pelos cômodos mais frequentados pelo cão ou gato, e ele ficará menos ansioso ao se deparar com esses “tesouros.”

Quando busca por auxílio profissional? 

Gostou das dicas? Elas são eficientes e evitam os sintomas da ansiedade. Além disso, também evitam com que essa condição se agrave e evolua para uma depressão, por exemplo. 

Porém, caso suspeite de que seu bichinho de estimação já esteja com problemas em relação à separação, busque apoio profissional, como em um Hospital Veterinário 24h.

Outra situação em que a ajuda de profissionais qualificados também é fundamental, é quando mesmo após seguir todas as dicas, os sintomas não cessaram ou sequer diminuíram. Retribua o amor e o apego do seu pet a você: não hesite em ajudá-lo!  

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