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Prejuízo de R$ 500 mil

Polícia Civil prende investigados em roubo de joias em Cachoeiro

Foram presos dois homens e uma mulher. Os nomes não foram divulgados por conta da Lei de Abuso de Autoridade, que proíbe a polícia de divulgar nomes e imagens de detidos

Por Redação

4 mins de leitura

em 02 de ago de 2023, às 17h19

Foto: Divulgação

Nesta quarta-feira (2), policiais da Delegacia Especializada em Investigações Criminais (Deic) de Cachoeiro de Itapemirim, deflagram e operação ‘Condessa’, para cumprimento de mandados de prisão de quatro envolvidos no roubo de uma loja de roupas e joias, localizada no bairro Gilberto Machado, no município de Cachoeiro.

Foram presos dois homens e uma mulher. Os nomes não foram divulgados por conta da Lei de Abuso de Autoridade, que proíbe a polícia de divulgar nomes e imagens de detidos. Um quarto envolvido, uma mulher, não foi localizada e está foragida. Todos são apontados como coautores do crime.

Segundo a polícia, o objetivo da operação é “dar a resposta adequada ao repercutido crime de roubo cometido por quadrilha especializada, composta tanto por envolvidos do Espírito Santo quanto do Rio de Janeiro”. As joias roubadas não foram recuperadas.

Durante as investigações, que tiveram início momentos após o crime, a equipe da Deic juntou evidências, indícios e provas suficientes para que o delegado Rafael Amaral Ferreira pudesse representar pela prisão dos investigados. O pedido foi acatado pela Justiça do município.

A ação dos policiais civis da Deic contou com o apoio da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHHPP), Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc), Delegacia de Infrações Penais e Outras (DIPO) e ADM.

As prisões ocorreram por volta das 6h desta quarta-feira (2), nos bairros Aquidaban, Alto Novo Parque, Alto Independência e no distrito de Soturno. Segundo a Polícia Civil, todos os envolvidos são coautores do crime.

Além dessas prisões, outros dois envolvidos com o roubo tinham sido presos pouco depois do crime pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), em Campos dos Goytacazes/RJ.

O delegado, que até o momento seis pessoas estão sob investigação, sendo que cinco delas já estão presas. No entanto, nada impede novos indiciamentos e prisões, já que que os trabalhos investigativos prosseguem. Mais detalhes não podem ser divulgados, já que o caso segue sob sigilo.

Os mandados de prisão são de 30 dias, podendo ser prorrogados por mais 30 dias e convertidos em prisão preventiva. A mulher presa foi encaminhada para o Presídio Feminino de Cachoeiro de Itapemirim (PRCI). Os dois homens foram encaminhados ao Centro de Detenção Provisória (CDP), também de Cachoeiro.

O crime

A loja de roupas e joias, foi alvo de três criminosos na tarde do dia 17 de julho. De acordo com a Polícia Militar, funcionárias da loja informaram que o prejuízo chega a R$ 500 mil.

Era 14h30 quando três homens que ocupavam um Volkswagen Virtus (placas RJQ5H30) estacionaram em frente à loja e dois deles entraram no estabelecimento. Os dois assaltantes estavam armados. Um deles vestia calças jeans, camisa branca, blazer preto e usava óculos de sol. Enquanto o outro trajava calça de cor clara, blusa de frio preta e boné.

Os criminosos renderam funcionárias e clientes e anunciaram o assalto. Eles fugiram após o roubo levando produtos da loja avaliados em cerca de meio milhão de reais. Após o crime, as vítimas, que estavam muito assustadas, chamaram a Polícia Militar. Equipes fizeram buscas por toda região, mas não localizaram os criminosos, nem mesmo o veículo usado por eles.

Operação ‘Condessa’

O nome da operação remete à Condessa de Barral e sua contemporaneidade com o célebre caso do “Escândalo das Joias”, episódio ocorrido na segunda metade do século XIX, quando joias pertencentes à Imperatriz Tereza Cristina foram subtraídas, fato que abalou todo o Império, causando indignação até mesmo com a corrupção do Poder Judiciário da época, culminando na a evidente impunidade dos acusados pelo crime, o que motivou periodistas e literatos a iniciarem, por meio da imprensa da Corte, uma grande campanha contra a monarquia brasileira.

Diante do escândalo jornais republicanos passaram a dar alarde ao caso amoroso entre o Imperador e a Condessa de Barral – nascida em 1816 na Bahia, de nome Luísa Margarida de Barros Portugal, descendente de senhores de engenho do Brasil colonial, que após estudar na Europa, casou-se com um nobre francês e passou a integrar a corte do Rei Luís Filipe I. Voltou ao Brasil em 1856 com a missão de educar as princesas imperiais, mas acabou se apaixonando por Dom Pedro II. Até hoje, a Condessa do Barral é considerada como o grande amor do Imperador.

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