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Saúde e Bem-estar

Um em cada 10 pacientes desenvolverá dor crônica pós-AVC

Especialista recomenda tratamento multidisciplinar para reabilitação dos pacientes

Por Redação

2 mins de leitura

em 21 de ago de 2023, às 12h30

Foto: Shutterstock / Saúde em Dia
Foto: Shutterstock / Saúde em Dia

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o acidente vascular cerebral (AVC) é a doença que mais incapacita no mundo e a segunda enfermidade que mais provoca mortes. Os pacientes sobreviventes encaram uma longa jornada de reabilitação e, este caminho, as dores crônicas são um dos desafios que impactam a qualidade de vida e bem-estar. Davi Pagotto, médico especialista em Tratamento da Dor, aponta que a dor crônica é comum no pós-AVC, sendo que pacientes com histórico de dores antes do derrame apresentam até mesmo uma piora do quadro clínico de dor.

Pesquisa com uma amostra de 20 mil pacientes durante dois anos revelou a tendência de que uma em cada 10 pessoas que sofreram um AVC vão desenvolver dor crônica. O estudo apurou também fatores de riscos para o desenvolvimento de dores crônicas após derrame cerebral, são eles: a gravidade do AVC, pessoas do sexo feminino, ingestão de alcool, depressão prévia, diabetes mellitus e doenças vasculares.

“O tratamento de dor crônica em pacientes pós-AVC deve ser avaliado caso a caso e, de acordo com a necessidade, podem ser prescritos medicamentos como antidepressivos, anticonvulsivantes. Para complementar esse cuidado e contribuir para a reabilitação do paciente, é indicada também a estimulação magnética transcraniana, que estimula o cérebro e contribui nesse processo de recuperação”, aponta Davi.
O especialista destaca ainda a necessidade de aliar terapias complementares, como a fisioterapia e a acupuntura, no tratamento da dor crônica pós-AVC. “Contribuem para resgatar a mobilidade e autonomia do paciente”, destaca.

Tipos de dores pós-AVC
O médico especialista em Tratamento da Dor explica que os principais tipos dores pós-AVC e seus sintomas:
– Síndrome de dor central após acidente vascular cerebral (CPSP): pode começar em dias ou semanas após o derrame; é caracterizada por hiperalgesia (reação exagerada à dor) e alodinia (dor ao toque, contato de roupas, lençóis, etc);

–  Síndrome de dor complexa regional (SDRC): é caracterizada por queimação, aumento da sensibilidade à estimulação tátil, edema e alterações na temperatura e cor da pele;

 – Dor Associada à Espasticidade: as contraturas musculares em consequência do AVC podem provocar dores crônicas; a imobilidade dos membros também aumenta o risco de complicações na pele e articulações, aumentando a probabilidade de dor.

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