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Saúde e Bem-estar

Meta de vida: continuar sonhando! Os desafios dos pacientes oncológicos

Estar atento a esta questão é cada vez mais necessário, já que o número de casos de câncer entre jovens amarga uma constante crescente: aumentou 79% em 30 anos

Por Redação

4 mins de leitura

em 05 de out de 2023, às 11h04

Foto: Divulgação/Unimed Sul Capixaba

“Quando se descobre um câncer, enxergamos a vida com outros olhos. Não posso dizer que escolheria passar por tudo de novo, mas hoje sou grata pela experiência que vivi, porque aprendi muito com tudo isso, principalmente a não perder a fé de que os meus sonhos e planos eram possíveis e precisavam da minha coragem”. Com um depoimento emocionado, a farmacêutica Milena Vazzoler, de 31 anos, avalia a importância de ter mantido o foco do seu olhar para o futuro, mesmo diante do seu diagnóstico.

Os estudos que abordam a questão do emocional e do psicológico para pacientes oncológicos ainda são tímidos, mas já demonstram que há resultados positivos no estado de saúde de pacientes que atravessam uma jornada oncológica, durante o tratamento em si, ao conviver com os efeitos adversos, nas perspectivas de cura e após, ao encarar com otimismo a possibilidade de recidiva, que é o retorno da doença.

Em 2017, a Sociedade Americana de Oncologia Clínica apresentou dados em que grupos de pessoas que passaram por tratamento de câncer foram avaliados nesses aspectos. Entre os já curados, os que tiveram acompanhamento psicoemocional e mantiveram suas perspectivas de futuro, apresentaram melhoras no índice de qualidade de vida e otimismo em relação à possibilidade da doença não voltar. Os que tiveram diagnóstico recentemente também demonstraram redução nos níveis de sofrimento.

O que o estudo mostrou, o hematologista da Unimed Sul Capixaba Cláudio Brito confirma no dia a dia dos pacientes da Unimed Oncologia. Segundo ele, diante de uma realidade tão dura, o enfrentamento da doença encontra um suporte importante para apresentar melhores resultados quando se mantém metas pessoais e profissionais.

“A jornada do tratamento pode se tornar mais significativa e o paciente pode encontrar auxílio na recuperação física por meio do equilíbrio mental e emocional. Manter os planos e sonhos serve como âncora emocional, impulsionando a resiliência e a determinação para superar os desafios da doença e ter mais qualidade de vida. Por isso, estamos sempre muito atentos ao paciente e colocamos em prática toda a teoria do ‘Jeito de Cuidar’ que a Unimed tem”, avalia.

Preocupação crescente

Estar atento a esta questão é cada vez mais necessário, já que o número de casos de câncer entre jovens amarga uma constante crescente: aumentou 79% em 30 anos no mundo, em pessoas de até 50 anos, segundo estudo publicado na revista científica BMJ Oncology. As informações são de 29 tipos de câncer e foram colhidas em 204 países, incluindo o Brasil.

Na cooperativa, os números desenham um perfil de pacientes: nos três anos de funcionamento do Hospital Unimed, foram diagnosticadas 697 pessoas, sendo que 56% são do sexo feminino. A maior incidência está entre os de 60 a 69 anos, mas, 26% acometeu pessoas de até 50 anos e, destes, 62% são mulheres.

Os sítios primários mais tratados são câncer de cólon (parte do intestino grosso), mama e aparelho reprodutor masculino (próstata e testículos). Até metade deste ano, havia uma média de nove novos pacientes a cada mês.

Os dados nacionais deste ano do Instituto Nacional de Câncer (INCA) trazem uma realidade diferente, mas com similaridades em seus tipos: o câncer de mama entre mulheres lidera a lista e, com a diferença de apenas 1.800 casos, está o de próstata, seguido pelo de cólon e reto em mulheres e, depois, em homens.

No caso da Milena, ela teve o seu diagnóstico em 2019, aos 27 anos, um linfoma no pulmão. Ela chegou a iniciar o tratamento no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, mas foi orientada a continuá-lo na Unimed Sul Capixaba, por conta de a cooperativa oferecer a mesma estrutura e ser mais próxima da sua casa, em Castelo.

“A busca pelos sonhos estimula a conexão com o futuro, oferece uma perspectiva positiva e um senso de normalidade em meio à adversidade. Aliado a um tratamento de qualidade, com especialistas capacitados na área, não há dúvidas que as chances de cura aumentam”, conta o hematologista.

Milena está curada e surpreendeu a equipe médica com uma gravidez, cerca de dois anos após finalizar o seu tratamento. Sua filha, Celina, que está com oito meses, se tornou o principal motivo da mãe continuar sonhando, planejando o futuro e cuidando da sua saúde: “No tratamento, nunca tive medo de morrer. Sabia que era uma fase que iria passar. E, nos dias que precisei de apoio, tive muito amparo da minha família e da psicóloga da Unimed”.

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