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Cidades

Simulação vai evacuar 100 pessoas em 3 cidades próximas à Usina de Rosal 

A ação tem o objetivo de capacitar a população em ações de emergência, que envolvem teste das rotas de fuga e o sistema de alerta na região

Por Redação

4 mins de leitura

em 17 de out de 2023, às 12h41

Foto: Divulgação/Cemig
Foto: Divulgação/Cemig

Seguindo as diretrizes do Plano de Ação de Emergência (PAE), a Cemig realiza, nesta quarta-feira (18), uma simulação de evacuação, com a participação de aproximadamente 100 pessoas das cidades de São José do Calçado e Guaçuí, no Espírito Santo, e Bom Jesus do Itabapoana, no Rio de Janeiro, e que vivem próximos da Usina de Rosal. A ação tem o objetivo de capacitar a população em ações de emergência, que envolvem teste das rotas de fuga e o sistema de alerta na região.  

O procedimento atende a Lei Federal 12.334/2010, que determina que as empresas de geração de energia devem elaborar, implementar e operacionalizar o Plano de Ação de Emergência PAE, estabelecido pela Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB). 

Os locais das capacitações são áreas que podem ser afetadas caso aconteça uma ruptura da estrutura, desde que estejam há menos de 10km de distância das barragens ou a 30 minutos de tempo para a chegada da onda de inundação. O treinamento também contará com a presença das Defesas Civis e o Corpo de Bombeiros.  

O gerente de Planejamento Energético da Cemig, Ivan Carneiro, destaca que o treinamento é feito para que a população tenha conhecimento dos elementos de proteção do PAE da Usina de Rosal. Além disso, o especialista garante a integridade e segurança das barragens da empresa, que mantém rígido controle sobre todos os seus empreendimentos e instalações dentro e fora de Minas Gerais.

“Os PAEs foram criados para que a população possa ser treinada e tenha uma rotina preventiva de segurança, caso haja uma situação extrema de emergência. Mas é importante destacar que a barragem da Usina de Rosal está segura e não há nenhum risco para a população”, explica. 

A Cemig possui 18 PAEs, abrangendo usinas de maior e menor porte, conforme determina a legislação vigente. 

O que é o PAE? 

O PAE é um documento que resume as ações da empresa em uma série de potenciais situações de risco com as barragens de suas usinas hidrelétricas. Esse plano é elaborado por profissionais de diversas áreas e contém estudos técnicos, orientações para os órgãos de resposta, contatos de responsáveis, medidas do empreendedor em cenários de emergência e mapeamento de áreas impactadas em caso de desastres com a estrutura da barragem. 

“O foco principal do documento são as ações da empresa na Zona de Autossalvamento (ZAS) das barragens. A ZAS é composta pela área afetada por potencial ruptura que esteja a menos de 10 quilômetros de distância dos barramentos ou a 30 minutos de tempo para a chegada da onda de inundação de um cenário de emergência hipotético”, explica Ivan Carneiro.  

Mapeamento de riscos 

Além das situações de emergência das barragens, os Planos de Ação de Emergência da Cemig trazem também mapeamentos de riscos para eventos hidrológicos extremos (cheias naturais) que possam gerar alagamentos nas comunidades a jusante (abaixo) das barragens. A inserção desses cenários, que têm uma maior recorrência para os municípios, torna esse documento uma ferramenta valiosa para auxiliar o poder público em seu dever de garantir a segurança da população, facilitando sua preparação para esse tipo de emergência. 

Aplicativo PROX 

Desde 2019, a Cemig disponibiliza à população e à defesa civil o aplicativo PROX, uma ferramenta de gestão de risco que também visa estreitar o relacionamento com a comunidade com informações acerca da variação dos níveis e vazões dos rios e reservatórios das Usinas Hidrelétricas (UHEs) e Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) da área de concessão da companhia. 

Com o PROX, qualquer pessoa tem acesso às principais informações operativas de qualquer um dos reservatórios da Cemig, além de estar integrada ao sistema de gestão de risco dessas barragens. Na ferramenta é possível verificar o nível do reservatório, a quantidade de água que está chegando à usina e também a quantidade que está saindo.

O aplicativo também tem um perfil específico para a Defesa Civil que permite um contato permanente com os coordenadores desses órgãos de resposta dos municípios. Eles são avisados previamente, via “mensagens e alertas”, sobre todas as informações inerentes ao status da operação do reservatório/barragem. Também por plataforma web, os órgãos de proteção e defesa civil têm acesso à visualização dos mapas de inundação para cenários de cheias e rupturas hipotéticas, além da possibilidade de definição de rotas de fuga e cadastramento da população potencialmente impactada, além do envio de alertas prévios para celulares cadastrados nas áreas selecionadas.

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