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Animais pedem socorro

Protetores de animais em Cachoeiro estão desesperados com altas dívidas

Sem doações e apoio do poder público os grupos suspenderam os resgates de animais de rua em Cachoeiro até quitarem as dívidas par dar continuidade ao trabalho

Por Redação

5 mins de leitura

em 21 de nov de 2023, às 17h23

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Protetores de animais em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo, estão desesperados com altas dívidas acumuladas. As contas são referentes a tratamento e manutenção de animais resgatados das ruas da cidade.

Sem apoio do poder público e recebendo pouquíssimas doações individuais, os protetores de animais em Cachoeiro não sabem mais o que fazer. Os débitos foram para cuidar de tantos cachorros e gatos vítimas de maus tratos e abandono. Para piorar a situação os pedidos de ajuda para animais em péssimo estado não param de chegar. Porém sem poder quitar os débitos, novos resgates estão suspensos.

Leia também: Animais em situação de maus-tratos são encontrados em Atílio Vivácqua

Isso acontece com a Associação SOS Patas e Mãos, que até o momento acumula uma dívida de quase R$10 mil. Entre os gastos estão clínicas veterinárias, petshops, manutenção e atendimento aos animais do abrigo onde 23 cachorros estão sob a tutela do grupo.

A diretora financeira da associação, Camila Rodrigues, explica a situação. “Atualmente precisamos pagar um boleto mensal de R$1.042,00. Temos R$5,6 mil em aberto da clínica, R$1,7 mil no petshop. Além do gasto mensal de R$ 3 mil com ração, água, luz, e uma pessoa pra cuidar dos animais no abrigo”.

“Além disso, devido à época do ano, que é quente e colabora com a proliferação de carrapatos e pulgas, precisamos fazer a compra dos comprimidos. Cada um de nexgard custa R$85,00. Só aí são mais quase R$ 2 mil”, completa.

Situação desesperadora também em outros grupos

Outro grupo que também está passando apertado é o grupo Patinhas Resgate Animal. O grupo hoje deve cerca de R$5 mil somente em uma clínica e quase R$2 mil em outra desde 2021. Fora os gastos mensais com ração, vacinas, vermífugos de animais mantidos em colaboração com outras pessoas, que beiram R$2 mil.

A voluntária Gisele Brito revela que ainda mantém animais portadores de necessidades especiais que não foram adotados. Ao todo o grupo mantém 40 animais entre cachorros e gatos. A maioria com doenças específicas e sem cura, como FIV/Felv e sem chance de adoção.

Animais como, por exemplo, o cachorrinho Bob Jef, que tem 15 anos e é cego, surdo e cardíaco. Ou o Theo que tem dermatite atópica e precisa de ração especial. Ele vive fazendo tratamento para evitar crises onde ele se coça até ferir e sair sangue.

“Entre 2020 e março de 2023 eu perdi sete gatos decorrente de complicações com a Felv. Não tinha dinheiro pra realizar tratamento, poucas pessoas se sensibilizavam e o dinheiro mal dava pra comprar algum remédio. Foi uma situação muito desesperadora ver os animais definhando e eu sem poder fazer nada. Meu salário mal dava pra pagar minhas contas básicas e a ração. Nós fizemos campanhas de doação, pedíamos ajuda, mas tudo sem sucesso”, conta.

Diante dessa situação o grupo mesmo com dificuldade tenta manter os animais que ninguém adotou e colabora em resgates pontuais. “Mas manter o trabalho de resgatar, reabilitar e dar em adoção, na atual circunstância é impossível”, ressalta Gisele.

Dívidas acumuladas afetam novos resgates

Já o grupo SOS Animais de Rua acumula uma dívida de quase R$8 mil em uma clínica. Além de um gasto mensal de R$3 mil para manter quase 100 animais sem abrigo. E também instalados em vários lares temporários, além de ajuda a pessoas que cuidam de animais “por conta própria”.

A fundadora do grupo, Aline Barbieri, disse que “na verdade, tem os que cuido e a gente ajuda três senhoras. Elas cuidam de animais que as pessoas jogam na porta delas indiscriminadamente. Nossos gastos maiores são com as clínicas que acabamos nunca conseguindo pagar o valor total e com isso acumulamos dívidas”.

E os pedidos não para de chegar. São animais atropelados, vítimas de maus tratos severos, doenças venéreas, infecções, câncer, mãezinhas abandonadas com filhotes, bicheiras, infestação de carrapatos só para citar os mais comuns de uma longa lista de situações.

“Sem doações e sem conseguir quitar o débito fica impossível continuar resgatando, o que é muito difícil para um protetor. Ver um animal implorando ajuda e ficar de mãos atadas é horrível”, diz a protetora.

Desde que iniciou o trabalho há oito anos, Aline disse que nunca passou por uma fase tão difícil. “Não temos apoio nem um do nosso município vivemos de doação de pessoas que se sensibilizam com os animais, vendemos rifa, montamos bazares e tiramos do próprio bolso a maioria das vezes para cuidar deles, mesmo assim isso não é o suficiente”, pontua.

Protetores de animais em Cachoeiro

Além das doações que podem ser feitas via pix (veja quadro abaixo), quem se interessar pode doar diretamente nas clínicas onde os animais são atendidos ou ainda doar itens, como: ração para cães e gatos, nexgard (ou similiar), vermífugos, produtos de limpeza, doações de roupas para bazar, remédios, coleiras, casinhas, cobertores, vacinas, areia, dinheiro, consultas, exames e adoção dos animais possibilitando espaço para novos resgates.

Ou seja, opções para ajudar tem várias. Escolha uma e colabore com esta causa tão sensível.

Colabore:

Patinhas Resgate Animal

SOS Patas e mãos

SOS Animais de rua

Doações: ração para cães e gatos, nexgard (ou similiar), vermífugos, produtos de limpeza, doações de roupas para bazar, remédios, coleiras, casinhas, cobertores, vacinas, areia, dinheiro, consultas, exames e adoção dos animais possibilitando espaço para novos resgates.

Adote: Confira a galeria e deixe que um deles faça parte da sua vida

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