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Saiba por que parar de seguir pessoas pode ajudar a melhorar a autoestima

Apertar o botão "deixar de seguir" pode ser o primeiro passo para se libertar do incômodo, no entanto, essa pode não ser a resposta para todos os problemas

Por Redação

5 mins de leitura

em 20 de fev de 2024, às 10h54

Foto: Ilustrativa/Pixabay
Foto: Ilustrativa/Pixabay

Já reparou como a vida de alguns influenciadores na internet é perfeita? O corpo é incrível, são horas e mais horas no dia para treinar com personal, a maquiagem está sempre implacável, e nunca falta dinheiro para comprar os looks mais incríveis da estação. Os relacionamentos, nem se falam: perfeitos, os casais são apaixonados a todo instante e fazem, a todo momento, viagens incríveis. Problemas? Ninguém nunca viu.

Usar demais as redes sociais e se deparar, a todo momento, com essas “realidades” tão distantes têm levado muitos usuários a uma dependência digital prejudicial à saúde mental e a problemas de autoestima, já que, na grande maioria da vezes, é impossível alcançar aquela vida de atriz de novela – ou melhor: de influenciadora. Com isso, um fenômeno crescente está ganhando destaque: o unfollow terapêutico.

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Esse conceito surgiu como uma estratégia para preservar a saúde emocional. Consiste em se desassociar de perfis, páginas ou pessoas cujas publicações geram sentimentos negativos, como inadequação, inveja ou baixa autoestima.

Segundo a psicanalista Debora Guerra, as mídias sociais podem afetar a autoestima de uma pessoa de diversas maneiras. A constante exposição a imagens e narrativas cuidadosamente selecionadas pode levar à comparação social, onde as pessoas comparam suas vidas com as vidas aparentemente perfeitas exibidas online. “Além disso, o fenômeno da validação social através de curtidas e comentários pode criar uma necessidade constante de aprovação externa, levando a uma dependência da validação online para se sentir bem consigo mesmo”, explica Debora.

Parar de seguir ou silenciar?

Psicanalista Debora Guerra (Foto: Divulgação)

Parar de seguir ou silenciar contas que desencadeiam sentimentos negativos visa proteger a saúde mental dos usuários, promovendo um ambiente online mais positivo e capacitando-os a cultivar uma relação mais saudável com as redes sociais. Debora ainda esclarece que essa pode ser uma forma poderosa de autocuidado. Segundo a psicanalista, ao eliminar fontes de comparação prejudiciais ou conteúdo tóxico, o usuário está protegendo sua saúde mental. Isso permite que seja cultivado um ambiente online mais positivo, onde é possível se concentrar em seguir contas que promovem inspiração, auto aceitação e bem-estar.

Apertar o botão “deixar de seguir” pode ser o primeiro passo para se libertar do incômodo, no entanto, essa pode não ser a resposta para todos os problemas. Nessas horas é importante entender que a melhor “saída” é procurar um profissional. Debora aconselha que para quem está lutando para lidar com sentimentos de baixa autoestima, ansiedade, depressão ou qualquer outro problema relacionado à saúde mental, não hesite em procurar a orientação de um profissional de saúde mental qualificado. “Com suporte, orientação e tratamento adequado qualquer pessoa conseguirá superar esses desafios”, destaca a psicanalista.

Qual a melhor forma de manter um feed saudável?

O autoconhecimento pode ser um grande aliado nessa fase. De acordo com a psicanalista, é importante entender quais são os “gatilhos” e o que isso está provocando. Ela ainda diz: “se uma conta está constantemente desencadeando sentimentos negativos, não hesite em dar unfollow, mesmo que isso signifique desconectar-se de pessoas conhecidas. Lembre-se de que sua saúde mental é uma prioridade”.

Ainda que exista o lado ruim nas redes sociais, há como usar essa mídia para extrair o que elas têm de bom. Debora dá algumas dicas sobre como manter essa zona o mais saudável possível. Um conselho é diversificar os conteúdos e utilizar abordagens mais amplas de ideias e inspirações, enriquecendo dessa forma a experiência nas redes sociais e incentivando outras pessoas. Isso ajudará a construir um ambiente online mais positivo compartilhando conteúdo que seja autêntico, inspirador e encorajador. “Seja gentil e apoie outras pessoas em suas interações online, promovendo uma cultura de respeito e empatia. Além disso, seguir perfis que promovam mensagens positivas, autenticidade e diversidade irá ajudar a adotar essa mentalidade positiva e saudável, e com isso irá contribuir para seu bem-estar emocional e mental”, aconselha.

Mas, além de dar parar de seguir, há muitos outros hábitos que as pessoas podem adotar para melhorar sua saúde mental. Entre eles estão:

  • ser seletivo com quem segue
  • evitar uma exposição a conteúdos negativos
  • evitar comparar suas mídias sociais com de outras pessoas
  • estabelecer limites saudáveis em relação ao tempo gasto nas redes sociais
  • criar um ambiente positivo sendo gentil e apoiando outras pessoas

“Além disso, buscar conexões saudáveis fora do ambiente online, praticar técnicas de relaxamento e meditação, ou ajuda profissional se necessário, são estratégias que ajudam a cuidar da saúde mental promovendo assim um bem-estar emocional”, acrescenta Debora.

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