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Política

Justiça afasta secretário de Saúde de Ibitirama

Durante a investigação, o Ministério Público identificou que o beneficiário da aquisição do remédio não era morador de Ibitirama

Por Diorgenes Ribeiro

2 mins de leitura

em 25 de mar de 2024, às 14h07

Crédito: Arquivo
Crédito: Arquivo

O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES) determinou o afastamento imediato do secretário de Saúde do município de Ibitirama, no Caparaó Capixaba. Segundo a Justiça, Fledson Dias Messias é suspeito de falsificar uma decisão judicial que obrigaria o município a adquirir cinco caixas de medicamentos de alto custo para beneficiar um amigo dele, que reside na grande Vitória.

A juíza da Vara de Ibitirama, Graciene Pereira Pinto, determina na ação que o acusado, Fledson Dias Messias, fica proibido de se aproximar a menos de 50 metros dos prédios da Prefeitura e da Secretaria de Saúde. Além disso, o mesmo não pode realizar nenhum tipo de contato com servidores da Secretaria de Saúde. O descumprimento da medida acarretará a prisão do secretário.

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A investigação do MPES mostrou que o secretário Fledson Dias teria solicitado a uma servidora pública da secretaria de Saúde a aquisição de um medicamento a partir de uma suposta determinação judicial. Porém, o documento apresentado mostrava inconsistências visíveis, mormente no que diz respeito ao número de autuação, que foge completamente do padrão de numeração que recebem os processos judiciais autuados pelo Juízo de Ibitirama. Sendo assim, apresentava indícios de ser falso.

O medicamento mencionado é popularmente conhecido como “Ozempic em cápsula”, utilizado para tratamento de diabetes tipo 2, mas também usado para fins de emagrecimento.

Durante a investigação, o Ministério Público identificou que o beneficiário da aquisição do remédio não era morador de Ibitirama. Segundo o MPES, o amigo de Fledson era o pastor presidente de uma igreja evangélica em Cariacica, na Grande Vitória.

Segundo os autos, o secretário tinha por obrigação cuidar e zelar pelo correto uso do dinheiro público, o que não o fez. A juíza descreve diversos indícios de crimes cometidos, inclusive, podendo ter a solicitação da prisão do suspeito.

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