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Segurança

Acusado de matar a ex-mulher em Guaçuí é condenado a 25 anos de prisão

O júri de Adilson ocorreu no Fórum Juiz José Tatagiba, em Guaçuí, e teve início às 9h50 e terminou por volta das 18h, com a sentença

Por Andrei Soares

3 mins de leitura

em 11 de abr de 2024, às 11h55

Foto: Arquivo pessoal

Adilon Roberto de Souza foi condenado, na última quarta-feira (10), a 25 anos de prisão por atropelar e matar a ex-mulher Carla Valadares de Souza, de 35 anos, no dia 27 de outubro de 2021, próximo ao destacamento do Corpo de Bombeiros, em Guaçuí, na região do Caparaó.

O júri de Adilon ocorreu no Fórum Juiz José Tatagiba, em Guaçuí, e teve início às 9h50 e terminou por volta das 18h, com a sentença.

Segundo a advogada assistente de acusação, Maria Victória Loureiro, o acusado foi condenado por três crimes. “A justiça foi feita e confirmadas as 3 qualificadoras no crime de homicídio: motivo fútil, meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum; e, contra a mulher por razões da condição de sexo feminino. Quanto à pena imposta, a magistrada ao realizar a dosimetria da pena levou em consideração todos os agravantes, fixando em 25 anos com o regime inicial fechado”, explicou a advogada.

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Relacionamento conturbado

A irmã da vítima, Silvia Valadares, conta que Carla teve o relacionamento conturbado com o acusado durante 18 anos. “Viveram juntos durante 18 anos. O relacionamento da minha irmã com ele era abusivo. Ela sempre quis se separar dele, mas ele nunca quis a separação. Por conta disso, ele fazia ameaças e tudo”, conta.

Além disso, Silvia relata que os filhos, fruto do relacionamento de 18 anos, nunca se deram bem com o pai e sempre buscaram justiça pela mãe. “Eles não eram apegados ao pai. E depois que aconteceu o crime, sempre pediram justiça pela morte da mãe. Queriam que o pai pagasse pelo que fez com ela, e ontem, após o julgamento, consegui ver um brilho no olhar deles”, relatou.

Agora, Silvia disse que a família está aliviada pela condenação de Adilson e reforça que as mulheres precisam ser fortes. “É uma sensação de alívio e gratidão saber que ele vai pagar pelo que fez com minha irmã. Isso serve de um alerta para as mulheres não terem mais medo de denunciar e falar que sofre abuso em casa.  Mulheres, não deixem de correr atrás dos seus direitos”, finaliza.

Entenda o caso

Carla Valadares de Souza foi atropelada e morta pelo então marido, Adilon Roberto de Souza, após uma briga e perseguição. Após a briga do casal, Carla se jogou na carroceria de uma caminhonete que passava pelo local.

O marido, que estava em um veículo preto, iniciou a perseguição, provocou uma colisão que fez com que a vítima caísse do veículo, e fosse atropelada em seguida. O fato ocorreu em frente ao destacamento do Corpo de Bombeiros. A vítima chegou a receber os primeiros socorros no local, mas não resistiu e faleceu no local. O acusado fugiu do local.

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