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Nacional

Final feliz! Égua presa em telhado é resgatada no Rio Grande do Sul

Antes do resgate, acreditava-se que se tratava de um cavalo, que foi batizado de 'Caramelo' nas redes sociais. O animal simboliza a resiliência diante dos impactos das fortes chuvas que atingiram o estado

Por Redação

3 mins de leitura

em 09 de maio de 2024, às 14h50

Foto: Divulgação

A égua localizada ilhada em cima de um telhado na cidade de Canoas, no Rio Grande do Sul, foi resgatada na manhã desta quinta-feira (9), por uma equipe de bombeiros e veterinários, com apoio do Exército.

Antes do resgate, acreditava-se que se tratava de um cavalo, que foi batizado de ‘Caramelo’ nas redes sociais. O animal simboliza a resiliência diante dos impactos das fortes chuvas que atingiram o estado.

“Dentro de todas as desgraças que nós temos falado nos últimos dias, ontem à noite eu fui dormir inquieto com a imagem de um cavalo em cima de um telhado. Fiquei imaginando, se aquele cavalo pensasse, o que ele estava pensando, sozinho, em cima de um telhado? Eu não sei como aquela telha não quebrou. E, hoje, eu fiquei sabendo que conseguiram salvar o cavalo Caramelo”

A logística da ação contou com cinco embarcações. O animal foi sedado e acolhido em um dos botes. Passará por exames clínicos e médicos e será conduzido a um haras. A égua junta-se a outros 5.254 animais resgatados no estado.

Resgates no Rio Grande do Sul

A médica veterinária Carla Sássi trabalha como voluntária do GRAD nas operações de resgaste de animais no Rio Grande do Sul. Nas redes sociais, ela conta que se deparou com um outro cavalo ilhado na mesma cidade em que Caramelo foi resgatada. O animal estava preso nas águas havia quatro dias e chegou a ser medicado e alimentado antes que o resgate pudesse ser feito.

“Para retirar esse animal daqui, seria somente de aeronave porque estamos longe de qualquer ponto que ele poderia ir nadando. Infelizmente, pela água, a gente não consegue tirar esse animal daqui. A gente precisaria de uma aeronave que suporte até 500 quilos e que tenha uma rede que suporte também esse peso”, contou. O animal foi resgatado algumas horas depois.

A ativista e defensora dos animais Luisa Mell participou do resgate e relata, nas redes sociais, a dificuldade para ajudar animais atingidos pelas enchentes. Os desafios vão desde bichos ainda acorrentados aos portões das casas onde moravam a janelas trancadas que precisam ser arrombadas para que os voluntários possam fazer o resgate.

Em alguns casos, é preciso que o próprio tutor entre no bote e participe da operação, numa tentativa de manter a calma do animal e a segurança dos voluntários. Um cão da raça border collie e outro da raça pitbull foram resgatados pela ativista dessa forma. No retorno para o abrigo, a equipe avistou mais dois cachorros, um deles ilhado sobre uma pilha de tijolos.

“É tudo muito, muito, muito difícil. E a gente ainda tem que, depois, se unir pra conseguir donos pra esses animais resgatados. A gente tem que encontrar os tutores desses animais e, para os que não forem adotados, a gente tem que conseguir lares temporários, adoção”, disse Luisa.

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