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Saúde e Bem-estar

‘Pílula do Câncer’: medicamento não é eficaz, alerta Anvisa

Na nota publicada nesta terça, a Anvisa alertou para o perigo da divulgação de informações falsas nas plataformas digitais.

Por Estadão

3 mins de leitura

em 24 de jul de 2024, às 10h32

Foto: Pixabay
Foto: Pixabay

A Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou nesta terça-feira, 23, que a substância fosfoetanolamina, conhecida como Pílula do Câncer, não tem eficácia para o tratamento da doença. E não possui autorização para consumo como medicação.

A entidade explica que ainda faltam pesquisas clínicas para sustentar a tese de que o produto tem capacidade para tratar e curar pacientes diagnosticados com câncer.

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“Esses produtos podem interferir negativamente nos tratamentos convencionais, além de apresentar riscos de contaminação”, alertou a agência.

“É crucial que os pacientes não abandonem tratamentos médicos estabelecidos para utilizar terapias não autorizadas e de eficácia desconhecida, como é o caso da fosfoetanolamina”, completou a entidade.

Entretanto, há 10 anos a fosfoetanolamina era vista como uma opção eficaz para o tratamento do câncer. Ao mesmo tempo em que deputados e senadores avançavam com projetos no Congresso que autorizavam o uso da medicação em pacientes com tumores malignos. Entretanto, a Anvisa, o Inca, e especialistas sempre alertaram para a necessidade de mais estudos sobre o tema.

Na internet, a polêmica também havia se instalado, e os usuários nas redes sociais passaram a amplamente difundir e aceitar a eficácia da Pílula do Câncer. Na nota publicada nesta terça, a Anvisa alertou para o perigo da divulgação de informações falsas nas plataformas digitais.

“Propagandas nas redes sociais que sugerem que a fosfoetanolamina combate o câncer ou qualquer outra doença, atribuindo-lhe propriedades funcionais ou de saúde, são irregulares e enganosas”, afirmou.

Os produtores da fosfoetanolamina devem apresentar um pedido de registro com testes de qualidade, segurança e eficácia para análise, a fim de poder comercializá-la.

“A ciência médica é fundamentada em dados e evidências rigorosas, e os critérios para a aprovação são estabelecidos para proteger a saúde dos pacientes”, reforçou.

Uso como suplemento alimentar

Segundo a Anvisa, a fosfoetanolamina também não possui aprovação para uso como suplemento alimentar. Além disso, a agência informou em nota que esses produtos não podem ser usados como terapêuticos ou medicinais. A medida visa evitar que produtos que prometem curas sem provas científicas enganem os consumidores.

Estadão Conteúdo

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