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O Brasil está descobrindo a ginástica rítmica 

Saiba mais sobre a ginástica rítmica no Brasil. Conheça os resultados do Campeonato Brasileiro e a trajetória da atleta Bárbara Domingos.

Por Redação

4 mins de leitura

em 30 de ago de 2024, às 09h15

Brasil na ginástica rítmica

Em Vitória ocorreu o Campeonato Brasileiro de ginástica rítmica das categorias pré-infantil e infantil. Ginástica rítmica é uma modalidade esportiva que tradicionalmente é pouco conhecida no Brasil. Porém, nos últimos anos a tendência tem mudado. Nos Jogos Olímpicos o Brasil mostrou um bom resultado, pela primeira vez a atleta brasileira Bárbara Domingos entrou entre as 10 melhores no individual geral. Na prova por equipes, o Brasil teve chances de melhorar seus resultados das Olimpíadas passadas, onde a seleção já entrava entre as 10 melhores e o melhor resultado foi o oitavo lugar. Infelizmente, Victoria Borges se lesionou e o conjunto não participou da competição principal. Na próxima Olimpíada, o Brasil tem chances de brigar por medalhas.

Ginástica rítmica é um esporte não tão previsível como pode parecer, quem acompanha a competição sabe que as chances de ganhar a medalha tem apenas ginastas que estão entre as 10-15 melhores. Por isso, inclusive o mercado de apostas esportivas na ginástica tem suas peculiaridades, além de vencedor e medalhistas, tem apostas em que posição dos dois atletas vão acabar na competição, quem vai ficar no lugar mais alto do outro. Contudo, não é fácil prever quem exatamente vai vencer porque um erro pequeno pode custar caro. Adiante vamos explicar as regras desse esporte e falar sobre a história.

As regras da ginástica rítmica

A ginástica rítmica pode ser considerada como um dos esportes mais bonitos do mundo, combina a parte artística com a parte esportiva. Consiste em desempenho dos elementos de ginástica e de dança com acompanhamento musical, pode ser sem ou com objetos. Nos campeonatos internacionais não há modalidades sem objetos atualmente. São 5 objetos no total: maças, bola, corda, argola e fita. As competições são individuais e por equipes, nos Jogos Olímpicos há individuais gerais (onde o valor de nota é somado em 4 disciplinas) e não tem individuais por objetos. A apresentação individual não deve ultrapassar tempo de 1 e meio minuto e sempre é acompanhada por música, no tapete de 13×13 metros.

As notas são compostas de três componentes: dificuldade, artisticidade e execução. Cada parâmetro é avaliado por 4 juízes. A regulamentação de avaliação sofreu várias mudanças para reforçar as avaliações técnicas e diminuir subjetivismo. A ginástica rítmica é um esporte bastante subjetivo, por ter a parte artística que é sempre difícil de avaliar do ponto de vista objetivo. Também por ser um esporte muito novo, os critérios ainda estão sendo estabelecidos. Os escândalos, que envolvem juízes, são bastante comuns, inclusive teve desqualificação de juízes por julgamento enviesado.

História da ginástica rítmica

Como uma modalidade esportiva, a ginástica rítmica se consolidou na União Soviética na década de 1940 e se baseava em balé e ginástica. As primeiras competições internacionais ocorreram em 1963 em Budapeste, em 1984 a ginástica rítmica se tornou esporte olímpico. Na década de 1960, a imigrante húngara Ilona Peuker trouxe esse esporte para o Brasil. As atletas brasileiras participam desde a primeira Olimpíada de 1984 e os campeonatos mundiais desde 1971.

A curiosidade da ginástica rítmica é que essa modalidade sempre teve competições só entre mulheres. Porém, a ginástica rítmica masculina também existe. Como uma modalidade competitiva apareceu no Japão, e tem certa referência em lutas tradicionais. Os objetos também são um pouco diferentes, ao invés de fita tem a vara, o arco é menor e as maças são mais pesadas. O campeonato mundial masculino é separado do feminino, como uma modalidade olímpica a ginástica masculina ainda não entrou. 

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