O que fazer em casos de afogamento infantil? Confira dicas
Afogamentos infantis são uma das principais causas de morte em crianças no Brasil.
Com a chegada do verão, o número de casos de afogamento infantil tendem a aumentar, o que reforça a importância da prevenção e do conhecimento sobre primeiros socorros.
Afinal, os afogamentos infantis são uma das principais causas de morte em crianças no Brasil, especialmente em piscinas e ambientes domésticos.
Segundo dados recentes da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (SOBRASA). Os óbitos por afogamento entre crianças de 0 a 9 anos ocorrem em casa em 65% das vezes, sendo as piscinas os locais de maior risco.
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Primeiros passos no socorro
De acordo com o Sargento do Corpo de Bombeiros Henrique Dutra da Silva, ao socorrer uma criança em caso de afogamento, o primeiro passo é diferenciar entre um resgate e um afogamento. No resgate, a criança é retirada da água sem sinais de complicação, como tosse ou espuma na boca. Após a avaliação do socorrista, ela pode ser liberada sem necessidade de atendimento médico.
No afogamento, há sinais de aspiração de líquido, como tosse, espuma ou alterações pulmonares, o que requer atendimento médico imediato.
Quando acionar o serviço de emergência ?
Ao identificar um afogamento, a prioridade é acionar os serviços de emergência, como o Corpo de Bombeiros ou o SAMU. Sendo assim, informações sobre o local do incidente, o número de pessoas envolvidas e as ações tomadas devem ser passadas para garantir uma resposta rápida.
Reanimação cardiopulmonar (RCP)
Se a criança apresentar sinais de afogamento, deve-se iniciar a reanimação cardiopulmonar (RCP). Realizam-se cinco ventilações boca-a-boca iniciais, observando a elevação e o esvaziamento do tórax. Se não houver sinais de circulação, iniciam-se as compressões torácicas, com 30 compressões no caso de um socorrista ou 2 ciclos de 15 compressões para dois socorristas.
Cuidados ao retirar a criança da água
Após o afogamento, é crucial evitar se tornar uma nova vítima durante o resgate. Além disso, é necessário classificar a gravidade do afogamento e iniciar o suporte básico de vida. Se a criança estiver inconsciente, mas respirando, a posição lateral de segurança(colocar a criança de lado) deve ser aplicada para evitar broncoaspiração.
Importância da prevenção
A prevenção é a medida mais eficaz e de menor custo para evitar afogamentos. Cercar piscinas, restringir o acesso de crianças a áreas de risco e utilizar ralos anti-sucção são práticas fundamentais. Mesmo que não pareça uma ação “heroica”, a prevenção salva vidas e reduz os riscos de acidentes graves.
Sinais de complicações após o afogamento
Mesmo após o resgate, é importante monitorar sinais de complicações, como o aparecimento de espuma na boca ou no nariz, que pode indicar edema pulmonar. Além disso, as técnicas de socorro em casos de afogamento em água doce ou salgada são as mesmas, pois ambos os ambientes apresentam riscos semelhantes.
Dados alarmantes sobre afogamentos em piscinas
Piscinas são responsáveis por uma grande parcela dos afogamentos. Entre crianças de 0 a 4 anos, 87% das mortes ocorrem em casa ou em piscinas. O risco de óbito é mais alto no Sudeste, responsável por 42% dos casos. Mesmo crianças que sabem nadar estão em risco, especialmente devido à sucção de bombas de piscina.
Conclusão
Sendo assim, campanhas de conscientização antes do verão são essenciais para reduzir o número de afogamentos. A combinação de prevenção e ação rápida nos casos de emergência pode salvar vidas e evitar tragédias.
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