Protesto pede justiça pela morte de bebê em hotel infantil em Cachoeiro
Théo foi encontrado desacordado na piscina do hotel infantil, no bairro Abelardo Machado, na última quarta-feira (18); ele estava internado no Hospital Infantil Francisco de Assis (Hifa), mas não resistiu e faleceu na noite da última sexta-feira (20)
Na manhã do último domingo (22), pais de crianças que frequentavam o hotel infantil, familiares e amigos realizaram uma passeata pelas ruas de Cachoeiro de Itapemirim, pedindo justiça pela morte do bebê Théo Gutierry Gardioli, de um ano e seis meses, que faleceu em decorrência de um afogamento na piscina do estabelecimento no bairro Abelardo Machado, no mesmo município, na última quarta-feira (18).
Manifestantes se concentraram na Praça Jerônimo Monteiro, por volta das 10h30, e seguiram em direção ao hotel infantil, no bairro Abelardo Machado. Durante o trajeto, pais seguravam cartazes com as seguintes frases: “Justiça pelo Théo”, “Luto, Théo. Investiguem”, “A lei de Deus será feita. Acreditamos que a dos homens também!”. Ao final, os cartazes, balões azuis e brancos foram fixados em frente ao hotel infantil.
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Criança foi encontrada desacordada na piscina
O proprietário do hotel conversou com a reportagem do AQUINOTICIAS.COM e relatou que alguém esqueceu de trancar o cadeado do portão que dá acesso à área da piscina. “Como o prédio tem três andares, a parte de recreação do hotelzinho fica no último andar e a piscina na parte de baixo, onde também possui uma quadra. A criança desceu a escada, e como o cadeado estava aberto, ela empurrou o portão e caiu dentro da piscina”, contou.
Segundo o proprietário, que preferiu não se identificar, uma funcionária do hotel chegou para trabalhar e encontrou a criança de bruços dentro da piscina. “Como tenho curso de primeiros socorros, rapidamente fiz manobras na criança para tentar expelir a água, porém, como ela ainda estava desacordada, socorremos ela para o Hospital Infantil Francisco de Assis (Hifa) de Cachoeiro”, disse.
O caso é investigado
Em nota, a Polícia Civil informou que recebeu uma denúncia anônima, encaminhada pelo Ministério Público à Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente e ao Idoso (DPCAI) de Cachoeiro de Itapemirim, de possíveis maus-tratos praticados pelo Hotelzinho, que foi enviada ao setor de investigação para apuração e está em andamento. “Ambas as situações, possíveis maus-tratos e o afogamento, estão sendo investigadas”, comunicou.
O que diz o Ministério Público?
O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), disse, em nota, que no dia 8 de agosto, foi aberto um inquérito civil para apurar situação de risco vivenciada por crianças no local. Com esse objetivo, o MPES requisitou ao Poder Público municipal e ao Conselho Tutelar a adoção de providências urgentes, como fiscalizações no estabelecimento.
Além disso, o MPES relatou que também ouviu pais de alunos, uma ex-funcionária do estabelecimento e ouvirá o representante legal do estabelecimento. Disse que notificou a Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente e Idoso de Cachoeiro de Itapemirim (DPCAI-CI) para realizar a apuração dos fatos. “Importante salientar que, por envolver crianças, a investigação tramita em sigilo. Diante dos fatos ocorridos a partir de quarta-feira (18), o MPES aguarda informações requisitadas ao hospital onde a vítima se encontrava, para a adoção das demais providências cabíveis”, informou.
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