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Saúde e Bem-estar

Saiba como procedimentos estéticos podem causar complicações oculares

Os procedimentos podem causar queimaduras, levando a danos na córnea e na retina, além de desencadear o aparecimento de catarata e até glaucoma.

Por Redação

3 mins de leitura

em 02 de set de 2024, às 13h27

Foto: Pixabay
Foto: Pixabay

Os procedimentos estéticos realizados por profissionais sem qualificação podem causar complicações oculares, incluindo problemas nos olhos e nas pálpebras. O Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) alerta sobre esses riscos.

De acordo com a entidade, sessões de ultrassom micro focado, laser CO2, peeling de ácido tricloroacético (ATA) e peeling de fenol estão entre os procedimentos mais comuns que podem causar queimaduras, levando a danos na córnea e na retina, além de desencadear o aparecimento de catarata e até glaucoma.

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De acordo com o conselho, há relatos, por exemplo, de aplicação incorreta de ultrassom micro focado que fez com que o paciente evoluísse para um quadro de baixa visão, dor, sensibilidade à luz e aumento da pressão intraocular, levando a glaucoma secundário e, posteriormente, catarata.

Sinais de alerta

Portanto, o CBO destaca que é necessário realizar uma avaliação oftalmológica de urgência quando surgem sintomas como dor na região ocular, fotofobia (sensibilidade excessiva à luz), fotopsias (sensação de pontos de luz no campo de visão) e hiperemia conjuntival (vermelhidão dos olhos).

Cuidados

Entre os cuidados listados pela entidade para evitar problemas nos olhos durante procedimentos estéticos, está ser atendido por um profissional que esteja adequadamente treinado no uso de práticas de segurança específicas para a área periorbital. Além disso, o profissional deve compreender a anatomia dessa região e os limites de segurança.

“Para fazer essa verificação, o paciente pode checar se o profissional que se apresenta para fazer o procedimento possui certificações válidas e está licenciado. Também é relevante avaliar a experiência e os treinamentos específicos aos quais ele foi submetido para o uso das diferentes tecnologias e abordagens, assim como se pertence a sociedades médicas reconhecidas pela atuação na área estética.”

O checklist de segurança, nesses casos, inclui ainda:

  • Assegurar-se de que os equipamentos utilizados nos procedimentos estejam bem configurados e calibrados para os tratamentos pretendidos;
  • Evitar a aplicação de substâncias que causam desconforto e agridem a região dos olhos;
  • Montagem de um plano de tratamento, buscando personalizá-lo às necessidades de saúde ocular do paciente, o que reduz o risco de complicações;
  • Realize uma avaliação oftalmológica prévia para identificar condições pré-existentes, como olho seco, glaucoma ou infecções, que o procedimento possa exacerbar.

Procedimentos invasivos

No caso dos procedimentos estéticos invasivos, a chamada Lei do Ato Médico (Lei nº 12.842/13) indica que apenas profissionais graduados em medicina podem realizar esse tipo de serviço.

Sendo assim não cumprimento da legislação, segundo o conselho, pode expor o paciente a situações de risco. Pois muitas vezes, o profissional não habilitado não sabe conduzir complicações ou sequer conta com rede de apoio para esse tipo de circunstância.

Em situação de urgência, como a ocorrência de baixa visão após o procedimento, a orientação é encaminhar o paciente a um oftalmologista para que seja imediatamente avaliado.

O especialista será capaz de determinar a extensão do dano e iniciar tratamento apropriado, que pode incluir medicamentos anti-inflamatórios ou mesmo procedimentos cirúrgicos, se necessários.

Fonte: Agência Brasil

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