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Internacional

Morre Gustavo Gutiérrez, padre que criou a Teologia da Libertação

Ele exorta a Igreja Católica a participar na mudança das instituições sociais e econômicas para promover uma maior justiça social

Por Estadão

2 mins de leitura

em 24 de out de 2024, às 09h57

Foto: Divulgação/Instituto Bartolomé de las Casas
Foto: Divulgação/Instituto Bartolomé de las Casas

Intelectual e sacerdote dos bairros mais desfavorecidos de Lima, no Peru, Gustavo Gutiérrez, considerado pai da Teologia da Libertação, morreu ontem aos 96 anos. Ele criou a corrente de pensamento cristã focada na dignidade dos pobres que teve importante repercussão política na América Latina.

O religioso, que se tornou dominicano aos 76 anos, usou a expressão pela primeira vez em 1968, numa reunião da Conferência Episcopal Latino-Americana em Medellín, Colômbia, para aplicar os princípios reformadores do Concílio Vaticano II. Gutiérrez escreveu o primeiro grande tratado sobre o assunto, intitulado Teologia da Libertação: Perspectivas, publicado em 1971 e traduzido em todo o mundo.

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Transformação dos católicos latino-americanos

Ele exorta a Igreja Católica a participar na mudança das instituições sociais e econômicas para promover uma maior justiça social. Seguindo seus passos, muitos católicos latino-americanos escreveram sobre o assunto.

Alguns foram criticados pelo Vaticano – e em particular por João Paulo II e por Joseph Ratzinger (depois Bento XVI) – por adotarem uma interpretação marxista e revolucionária, como foi o caso do brasileiro Leonardo Boff. Já o padre Gutiérrez nunca rompeu com a Igreja.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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