Morre Gustavo Gutiérrez, padre que criou a Teologia da Libertação
Ele exorta a Igreja Católica a participar na mudança das instituições sociais e econômicas para promover uma maior justiça social

Intelectual e sacerdote dos bairros mais desfavorecidos de Lima, no Peru, Gustavo Gutiérrez, considerado pai da Teologia da Libertação, morreu ontem aos 96 anos. Ele criou a corrente de pensamento cristã focada na dignidade dos pobres que teve importante repercussão política na América Latina.
Receba as principais notícias no seu WhatsApp! clique aquiO religioso, que se tornou dominicano aos 76 anos, usou a expressão pela primeira vez em 1968, numa reunião da Conferência Episcopal Latino-Americana em Medellín, Colômbia, para aplicar os princípios reformadores do Concílio Vaticano II. Gutiérrez escreveu o primeiro grande tratado sobre o assunto, intitulado Teologia da Libertação: Perspectivas, publicado em 1971 e traduzido em todo o mundo.
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Transformação dos católicos latino-americanos
Ele exorta a Igreja Católica a participar na mudança das instituições sociais e econômicas para promover uma maior justiça social. Seguindo seus passos, muitos católicos latino-americanos escreveram sobre o assunto.
Alguns foram criticados pelo Vaticano – e em particular por João Paulo II e por Joseph Ratzinger (depois Bento XVI) – por adotarem uma interpretação marxista e revolucionária, como foi o caso do brasileiro Leonardo Boff. Já o padre Gutiérrez nunca rompeu com a Igreja.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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