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Sustentabilidade e Meio Ambiente

Nova espécie de árvore é descoberta em Mimoso do Sul

A nova espécie retrata a importância da manutenção das áreas protegidas, fundamentais para garantir a preservação da biodiversidade local e a continuidade de espécies

Por Redação

3 mins de leitura

em 30 de out de 2024, às 10h20

Foto: Divulgação/Governo do ES
Foto: Divulgação/Governo do ES

Uma nova espécie de árvore da família botânica Lauraceae, popularmente conhecida por incluir plantas como canelas, abacateiros e louros, foi descoberta no Monumento Natural Estadual Serra das Torres (Monast), em Mimoso do Sul, que é uma das Unidades de Conservação sob gestão do Instituto Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema).

Batizada de Aiouea myrmecophila, a descoberta reforça a rica biodiversidade da Floresta Atlântica capixaba.

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Publicada na revista científica Feddes Repertorium, a descoberta é de autoria dos pesquisadores Marcelo Leandro Brotto, do Museu Botânico Municipal de Curitiba, e de Pedro Luís Rodrigues de Morais, da Universidade Estadual Paulista (UNESP).

Amiga das formigas

A nova espécie encontrada em Mimoso do Sul se destaca por sua curiosa interação com as formigas. Durante a coleta de amostras, os pesquisadores observaram que as formigas habitam apenas os ramos onde ficam inseridas as folhas, criando ‘túneis’ para o centro do ramo e pequenas ‘janelas’ para saírem. O nome myrmecophila, portanto, deriva do grego, significando “amiga das formigas”, refletindo essa relação simbólica.

Além da característica particular das formigas não agressivas, a Aiouea myrmecophil apresenta folhas grandes, que variam de 16 a 35 centímetros de comprimento, flores verdes minúsculas de 3 milímetros e frutos de forma elíptica com até 1,5 centímetros. Ademais, a árvore pode atingir 12 metros de altura e se desenvolve sob a sombra da camada superior da floresta.

O gestor do Monumento Natural Serra das Torres, Guilherme Carneiro, lembra que a descoberta desta espécie endêmica, sendo registrada apenas em cinco localidades, só foi possível com o apoio do Iema, que gerencia a Unidade de Conservação. “Essa área é crucial para a preservação da espécie, já que uma das cinco unidades da árvore está Monast”, explica Guilherme Carneiro.

Risco de extinção

Pelo baixo número registrado (cinco unidades), os pesquisadores alertam que a Aiouea myrmecophila está em risco de extinção, destacando a importância da conservação da Floresta Atlântica, já que ela abriga muitas espécies endêmicas em trechos restritos.

Por fim, a nova espécie retrata a importância da manutenção das áreas protegidas, fundamentais para garantir a preservação da biodiversidade local e a continuidade de espécies, como a amiga das formigas.

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