Política Nacional

Bolsonaro deu ordem para fraudar cartão de vacina, diz Cid em delação

Cid ainda confirmou que os certificados foram impressos e entregues em mãos ao ex-presidente da República

Por Redação

2 mins de leitura

em 19 de fev de 2025, às 15h35

Foto: Bruno Spada / Câmara dos Deputados
Foto: Bruno Spada / Câmara dos Deputados

O tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, afirmou na delação premiada que recebeu ordens do ex-presidente para inserir dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde no nome dele (Jair Bolsonaro) e da filha, Laura Firmo Bolsonaro.

Cid ainda confirmou que os certificados foram impressos e entregues em mãos ao ex-presidente da República.

Nesta quarta-feira (19), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, derrubou o sigilo do acordo de delação premiada de Mauro Cid no inquérito que aponta a trama golpista. Com a retirada do sigilo, os 14 depoimentos do tenente-coronel se tornaram públicos.

Em março do ano passado, a Polícia Federal (PF) indiciou Bolsonaro, Mauro Cid e outras 15 pessoas por participação em um suposto esquema que fraudou registros de doses no cartão vacinal contra a Covid-19. O ex-presidente e o tenente-coronel foram indiciados pelos crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos.

Em abril, a Procuradoria-Geral da República (PGR) recebeu o indiciamento e pediu mais investigações sobre a fraude à PF. A corporação reenviou as novas apurações e, atualmente, é aguardado um parecer da PGR para o caso, que também não esteva presente na apresentação do procurador Paulo Gonet na noite de ontem (18), em que denunciou Bolsonaro e mais 33 por crimes de ataques contra a democracia.

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