Bolsonaro assiste julgamento no STF que pode torná-lo réu por golpe
As defesas dos acusados negam envolvimento em qualquer tentativa de golpe.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) acompanha, nesta terça-feira (25), no Supremo Tribunal Federal (STF), o julgamento que pode torná-lo réu por tentativa de golpe de Estado. Sentado na primeira fileira, ele está ao lado dos advogados Cezar Vilardi e Paulo Cunha Bueno.
Bolsonaro chegou a Brasília pela manhã, em um voo vindo de São Paulo, e seguiu diretamente para o STF. A Primeira Turma da Corte analisa a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente e outros sete aliados. O colegiado é composto por cinco dos 11 ministros do Supremo.
Antes da sessão, Bolsonaro compartilhou com contatos próximos no WhatsApp uma mensagem negando ter planejado um golpe e afirmando que tentam responsabilizá-lo pelos atos de 8 de janeiro, mesmo ele não estando no Brasil na data. “Confio na Justiça”, declarou.
Julgamento e divisão da denúncia
Ao todo, 34 pessoas foram denunciadas no inquérito do golpe, mas apenas Bolsonaro e outros sete estão na pauta desta terça-feira. O julgamento ocorre de forma fatiada, estratégia adotada pela PGR para acelerar a tramitação do caso.
O grupo analisado hoje foi classificado pela PGR como “núcleo crucial” da suposta trama golpista. Segundo os procuradores, foi desse grupo que partiram as principais decisões e ações para tentar reverter o resultado das eleições de 2022.
Além de Bolsonaro, são julgados Walter Braga Netto (ex-ministro da Defesa e Casa Civil), Augusto Heleno (ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional), Alexandre Ramagem (ex-diretor da Abin), Anderson Torres (ex-ministro da Justiça), Almir Garnier (ex-comandante da Marinha), Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa) e Mauro Cid (ex-ajudante de ordens da Presidência).
Investigações
As investigações apontam que a conspiração começou a ser articulada mais de um ano antes das eleições de 2022, com o suposto uso indevido de órgãos públicos para minar a credibilidade do sistema eleitoral. Após a derrota nas urnas, o grupo teria planejado um decreto para romper a ordem democrática.
As defesas dos acusados negam envolvimento em qualquer tentativa de golpe.
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