Economia

Entenda o que está por trás da alta do preço dos medicamentos

Reajuste é o limite autorizado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed), órgão responsável por controlar os preços no setor.

Por João Paulo Alóchio

2 mins de leitura

em 29 de mar de 2025, às 09h54

Foto: Pixabay
Foto: Pixabay

A partir da próxima segunda-feira, os preços dos medicamentos em todo o Brasil poderão subir até 5,06%. Esse reajuste é o limite autorizado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed), órgão responsável por controlar os preços no setor. A medida ainda depende da publicação oficial no Diário Oficial da União, mas já tem aval técnico — falta apenas a assinatura do conselho de ministros.

O que isso significa na prática?

Esse aumento não é automático. Ou seja, não quer dizer que todos os remédios estarão mais caros já na terça-feira. As farmácias e fabricantes podem escolher quando e como aplicar o reajuste, podendo repassar o aumento de uma vez só ou de forma parcelada ao longo do ano. Mas há um limite: ninguém pode ultrapassar os 5,06% até março de 2026, quando um novo reajuste deverá ser definido.

Por que o preço vai subir?

O percentual de 5,06% leva em conta a inflação acumulada nos últimos 12 meses (medida pelo IPCA até fevereiro), além de outros fatores, como:

  • Custo de produção das indústrias farmacêuticas
  • Oscilações do câmbio (como a variação do dólar)
  • Aumento da conta de luz
  • Grau de concorrência no mercado

A ideia é evitar que os preços dos medicamentos subam muito mais que a inflação e acabem pesando demais no bolso dos brasileiros.

Nem todo remédio vai subir 5,06%

Embora o teto seja esse, o governo acredita que a média real dos aumentos será de 3,83% — o menor índice desde 2018. Esse número considera diferentes tipos de mercado: desde os medicamentos com pouca concorrência até os mais populares, que têm vários fabricantes e preços mais competitivos.

E no ano passado?

Em 2024, o reajuste máximo autorizado foi de 4,5%, o que também acompanhou a inflação do período. Ou seja, a alta de agora representa um aumento moderado, ainda dentro dos parâmetros regulatórios.

Com informações de O Globo

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