O que a terra de Roberto Carlos tem? Migrantes revelam segredos
Confira depoimentos de pessoas que escolheram a Capital Secreta para viver

O que essa terra localizada entre as serras tem que faz com que migrantes de diversas partes do Brasil decidam morar aqui? Com uma área territorial de 864,583 km², Cachoeiro de Itapemirim é conhecida como a terra do Rei Roberto Carlos e do escritor Rubem Braga, mas não são apenas essas personalidades que tornam a cidade um lugar especial.
Proximidade e logística
Conforme explica Alessandra Soares Pereira Pinheiro, que veio de Brasília – DF e atualmente mora no bairro Monte Belo, a localização e a proximidade dos serviços e estabelecimentos comerciais estão entre os principais atrativos.
“Eu cheguei a Cachoeiro no ano de 1979, com quatro anos. Vim para cá com a minha mãe. Ela se separou do meu pai e resolveu vir para cá, pois a família dela já era do Espírito Santo. Na fase adulta, saí de Cachoeiro. Já tive oportunidades, morei em Colatina, morei em Piúma, mas resolvi voltar para Cachoeiro porque gosto da cidade, devido à facilidade de já conhecê-la e por não ser um lugar muito grande. Aqui, tudo é perto: uma farmácia, um supermercado… Acho que isso facilita muito para a gente”, afirma.

Além disso, a Capital Secreta do Mundo também está localizada em uma região estratégica, tornando o acesso fácil às regiões turísticas das montanhas capixabas e das praias do litoral Sul do Espírito Santo.
De acordo com informações do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), Cachoeiro está a 140 km da capital, Vitória. O município faz divisa com importantes cidades, como Atílio Vivácqua, onde se pode explorar o turismo ecológico; Alegre, que abriga a famosa Cachoeira da Fumaça; Muqui, que oferece turismo histórico e cultural; e Castelo, referência no turismo de aventura e religioso.
Cachoeiro ainda fica próximo aos municípios de Itapemirim e Marataízes, onde se encontram praias e lagoas.
Tranquilidade
Alessandra Soares também destaca a tranquilidade que a cidade oferece e seus patrimônios históricos. “Eu ia muito à Casa dos Bragas, o que me traz boas memórias”, afirma.

Quem também ressalta a rotina da cidade como um fator preponderante para a permanência é o ex-jogador de futebol Luís Claudio (Rincon).
“Cheguei a Cachoeiro através do Estrela do Norte FC. Estava jogando no Sul do país e, com o término do campeonato lá, fui contratado para compor o elenco do Estrela. Foi um pouco diferente, pois eu morava em Curitiba e sou natural de Salvador-BA, uma cidade grande. Cheguei aqui, em 2005, quando a cidade tinha aproximadamente 60 mil habitantes“, explica.

Acolhimento
Além da tranquilidade, o ex-jogador também destaca o lado acolhedor do povo cachoeirense. Para ele, esse foi um dos fatores determinantes para sua permanência na cidade.
“O que mais me agradou foram as pessoas, o modo como elas tratam os outros, a educação. Fui bem acolhido pela cidade. Acabei conhecendo minha atual esposa, Vanusa, uma das pessoas mais importantes da minha vida. Construí uma família e, hoje, tenho um filho, Luís Henrique, de 14 anos”, relatou Rincon.
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