
Neste domingo (13), a igreja celebra o Domingo de Ramos, também conhecida como Domingo da Paixão do Senhor. A celebração recorda o dia em que Jesus chegou em Jerusalém, onde aconteceu a crucificação, morte e ressurreição.
“Domingo de Ramos o dia em que celebramos a chegada de Jesus a Jerusalém, onde ele foi aclamado pelo povo, que o via como o Messias. Foi um dos pontos altos da missão que culminou na morte e ressureição de Jesus”, destaca Padre Thiago da Silva Vargas.
De acordo com o presbítero, Jesus foi recebido com ramos e mantos pelo povo em Jerusalém – por conta disso, até hoje as celebrações do Domingo de Ramos são repletas de ramos entre os fiéis.
“Outro detalhe importante é que os Evangelhos relatam que Jesus chegou montado em um jumento. Pode parecer um detalhe simples, mas esse gesto carrega um significado profundo. Naquele tempo, os reis e guerreiros usavam cavalos – símbolos de poder e guerra. Jesus, ao escolher um jumentinho, releva que o Reino de Deus não se impõe pela força, mas chega com humildade, mansidão e paz. Era o cumprimento da profecia de Zacarias: Eis que o teu Rei vem a ti, humilde, montado num jumento (Zc 9,9).”
Padre Thiago explica que nos evangelhos de hoje, narram que, ao entrar na cidade, o povo estende mantos no chão e agita ramos, aclamando: “Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor!”. “Hosana” significa “Salva-nos”. Segundo o presbítero, aquelas pessoas reconheciam em Jesus a esperança de um Salvador, aquele que poderia libertá-las e dar um novo sentido à vida.
“Na tradição da Igreja, esse momento é tão significativo que o repetimos todos os anos. Na procissão de Ramos, saímos em comunidade, com nossos ramos nas mãos, para manifestar nosso desejo de acolher Jesus em nossas vidas.”
Uma tradição popular desta celebração é o costume dos fiéis de, após a celebração religiosa, levarem para casa os ramos abençoados e usados na procissão. Não há nenhum impedimento neste costume, contudo o Diretório sobre a Piedade Popular e a Liturgia destaca que é necessário que o real significado desta celebração seja compreendido.
“O que realmente importa é a participação na procissão e não apenas a obtenção da palma ou do ramo de oliveira; estes não devem ser guardados como amuleto, ou apenas para fins terapêuticos ou apotropaicos, ou seja, para afastar maus espíritos ou desviar os danos que causam nas casas e nos campos, o que poderia ser uma forma de superstição” (cf. Diretório de Piedade Popular e Liturgia, nº 139).
O documento enfatiza que os ramos devem ser preservados “acima de tudo como testemunho de fé em Cristo, o rei messiânico, e em sua vitória pascal” (idem).
O Domingo de Ramos é o único domingo do ano em que é lido o trecho do Evangelho em que se narra a paixão de Cristo. O objetivo da leitura nesta data é mostrar a contradição existente na época de Jesus, já que o mesmo povo que o aclamou também o condenou à morte.
“Que neste Domingo de Ramos possamos, com humildade e fé, abrir as portas do nosso coração e deixar Jesus entrar. Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor!”, deseja o presbítero.
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