Conceição da Barra

Famílias rurais de Conceição da Barra enfrentam ameaça de despejo

O impasse foi tema de uma reunião realizada na manhã desta terça-feira (15), na Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales).

Por Redação

2 mins de leitura

em 16 de abr de 2025, às 16h49

Foto: Reprodução | Ales
Foto: Reprodução | Ales

Cerca de 50 famílias da comunidade de Nova Conquista, em Conceição da Barra, estão apreensivas diante de uma ação judicial movida pela empresa Suzano, produtora de celulose, que solicita a reintegração de posse de um terreno ocupado por agricultores desde 2006. O impasse foi tema de uma reunião realizada na manhã desta terça-feira (15), na Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales), com a presença de moradores e representantes políticos.

Produção agrícola local

O presidente da Associação de Pequenos Agricultores Pró-Desenvolvimento de Nova Conquista, Wilian Souza dos Santos, defendeu a permanência das famílias na área e destacou a importância da produção agrícola local. “Somos 49 famílias que vivem da agricultura, produzindo alimentos como pimenta-do-reino, café e outros produtos da agricultura familiar. Participamos de programas como o Arranjos Produtivos e da Casa dos Municípios, da própria Ales. Só queremos ter segurança para trabalhar com dignidade”, afirmou.

Segundo Wilian, a comunidade abriga atualmente 38 crianças e é formada por famílias que vivem há quase duas décadas no local. “Algumas crianças já nasceram lá. Queremos continuar plantando e colhendo com o suor do nosso trabalho, com a certeza de que nossas famílias têm onde viver e produzir”, completou.

Incra

Durante a reunião, a deputada Janete de Sá (PSB) se solidarizou com os agricultores e afirmou que pretende acionar o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para buscar uma solução negociada. “Não estamos falando de invasores, mas de moradores antigos da região, pessoas que dependem da terra para viver. Vamos buscar o Incra para encontrar uma saída adequada, considerando que a empresa possui vastas áreas na região”, afirmou a parlamentar.

A deputada também destacou que há questionamentos sobre a posse da área, o que reforça a necessidade de diálogo entre os envolvidos. “Como há contestação sobre a propriedade da terra, entendemos que é possível encontrar uma solução que garanta a permanência dessas famílias na localidade”, concluiu.

Receba as principais notícias do dia no seu WhatsApp e fique por dentro de tudo! Basta clicar aqui