Economia

ES está entre os estados com menos inadimplentes

De acordo com os dados, quase cinco em cada dez brasileiros adultos estão inadimplentes, totalizando 75,7 milhões de pessoas

Por Redação

2 mins de leitura

em 30 de maio de 2025, às 14h59

Foto: Freepik | CMN
Foto: Freepik | CMN

Mesmo estando entre os quatro estados com menor índice de inadimplência do Brasil, o Espírito Santo ainda convive com um número preocupante de pessoas endividadas. Segundo levantamento da plataforma Pagou Fácil, da financeira Paschoalotto, 41,5% da população adulta capixaba está inadimplente, ou seja, tem alguma dívida em aberto. O Estado só está atrás de Santa Catarina (36,5%), Piauí (37%) e Rio Grande do Sul (41,6%) no ranking nacional.

De acordo com os dados, quase cinco em cada dez brasileiros adultos estão inadimplentes, totalizando 75,7 milhões de pessoas. A média nacional é de 46,6%. O estudo também aponta que o valor médio das dívidas no país é de R$ 1.588, e o total chega a R$ 438 bilhões — um aumento de 13% em relação a março do ano passado.

Mesmo em um cenário um pouco mais positivo, o consultor financeiro Leonardo Rodan alerta que o percentual no Estado ainda merece atenção. “Não é porque o número é mais baixo que ele deixa de ser preocupante. Quatro em cada dez pessoas com dívidas mostra que ainda há um desequilíbrio no orçamento familiar. É preciso mudar hábitos de consumo e investir em educação financeira para que a situação não piore”, afirma.

Como não cair no vermelho?

Segundo Rodan, o primeiro passo para evitar a inadimplência é conhecer bem os próprios gastos. “Muita gente não sabe para onde o dinheiro está indo. Anotar as despesas do mês ajuda a enxergar o que pode ser cortado ou reduzido. Parece simples, mas é eficaz”, orienta.

Outro ponto de atenção é o uso do cartão de crédito. O levantamento mostra que 28,5% das dívidas no país são com bancos e cartões. “O cartão de crédito pode ser um aliado, mas quando vira complemento de renda, é sinal de que as contas já não estão fechando. Aí, o risco de descontrole é grande”, explica.

Para quem já está com dívidas, Leonardo recomenda buscar renegociação com os credores e, se possível, trocar dívidas caras por opções com juros menores. “Em alguns casos, vale mais a pena pegar um empréstimo pessoal com juros mais baixos para quitar o cartão, por exemplo. Mas isso exige disciplina para não fazer novas dívidas em seguida”, ressalta.

Para o consultor, a chave está na educação financeira. “As pessoas precisam aprender a lidar com o dinheiro desde cedo. Saber poupar, planejar e consumir de forma consciente. Isso vale para todos, independentemente da renda”, reforça.

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