Economia

ES está entre os estados com menos inadimplentes

De acordo com os dados, quase cinco em cada dez brasileiros adultos estão inadimplentes, totalizando 75,7 milhões de pessoas

Redação Redação

Foto: Freepik | CMN

Mesmo estando entre os quatro estados com menor índice de inadimplência do Brasil, o Espírito Santo ainda convive com um número preocupante de pessoas endividadas. Segundo levantamento da plataforma Pagou Fácil, da financeira Paschoalotto, 41,5% da população adulta capixaba está inadimplente, ou seja, tem alguma dívida em aberto. O Estado só está atrás de Santa Catarina (36,5%), Piauí (37%) e Rio Grande do Sul (41,6%) no ranking nacional.

De acordo com os dados, quase cinco em cada dez brasileiros adultos estão inadimplentes, totalizando 75,7 milhões de pessoas. A média nacional é de 46,6%. O estudo também aponta que o valor médio das dívidas no país é de R$ 1.588, e o total chega a R$ 438 bilhões — um aumento de 13% em relação a março do ano passado.

Mesmo em um cenário um pouco mais positivo, o consultor financeiro Leonardo Rodan alerta que o percentual no Estado ainda merece atenção. “Não é porque o número é mais baixo que ele deixa de ser preocupante. Quatro em cada dez pessoas com dívidas mostra que ainda há um desequilíbrio no orçamento familiar. É preciso mudar hábitos de consumo e investir em educação financeira para que a situação não piore”, afirma.

Como não cair no vermelho?

Segundo Rodan, o primeiro passo para evitar a inadimplência é conhecer bem os próprios gastos. “Muita gente não sabe para onde o dinheiro está indo. Anotar as despesas do mês ajuda a enxergar o que pode ser cortado ou reduzido. Parece simples, mas é eficaz”, orienta.

Outro ponto de atenção é o uso do cartão de crédito. O levantamento mostra que 28,5% das dívidas no país são com bancos e cartões. “O cartão de crédito pode ser um aliado, mas quando vira complemento de renda, é sinal de que as contas já não estão fechando. Aí, o risco de descontrole é grande”, explica.

Para quem já está com dívidas, Leonardo recomenda buscar renegociação com os credores e, se possível, trocar dívidas caras por opções com juros menores. “Em alguns casos, vale mais a pena pegar um empréstimo pessoal com juros mais baixos para quitar o cartão, por exemplo. Mas isso exige disciplina para não fazer novas dívidas em seguida”, ressalta.

Para o consultor, a chave está na educação financeira. “As pessoas precisam aprender a lidar com o dinheiro desde cedo. Saber poupar, planejar e consumir de forma consciente. Isso vale para todos, independentemente da renda”, reforça.

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